Jornal Oeste

 
Cada região brasileira ganhou um representante e Jonnier representará o Centro Oeste. “Eu estou muito feliz por ter esse reconhecimento orgânico agora estampado em um dos maiores prêmios do Brasil. Para mim é uma vitória nessa busca de 10 anos colocando meu trabalho nas paredes de Cuiabá”, diz.
 
O grafiteiro, que nasceu em Cáceres, teve duas de suas obras selecionadas: “A  Aceleração” e “Um Caminho de Princípios”.
 
A premiação deste ano quer celebrar o centenário da Semana da Arte Moderna de 1922 e une o modernismo e o nacionalismo, buscando valorizar a cultura popular brasileira.

Nesta edição, o prêmio decidiu destacar o grafite, manifestação que define como a “expressão mais contemporânea da cultura popular na arte”, por trazer a cena conflitos, violência, opressão e rumos de reação, refletindo assim o que se passa nas ruas brasileiras.
 
Ao comentar da importância do grafite ser destaque em uma premiação como a Jabuti, Jonnier ressalta o avanço no reconhecimento do grafite como expressão artística.
 
“Esse é o principal prêmio da literatura brasileira. E ter o grafite fazendo toda a paginação visual é importante porque até um tempo atrás o grafite era criminalizado por ter vindo da pichação. Então o Jabuti ter colocado o grafite nessa evidência, nos leva [os artistas] a outro patamar. Eu diria até internacional”.
 
Apesar de ambas as manifestações serem feitas com tintas spray ou de latas, o grafite e a pichação se diferem na forma. Pichação geralmente contém símbolos ou dizeres, já o grafite tem seu foco em desenhos e pinturas.no mercado? Ele fez exatamente isso!

Falando sobre o processo criativo de suas obras, Rafael contou o que “Um Caminho de Princípios” retrata. “É baseada em um universo lúdico, retrata um pescador e várias crianças, com vários livros em volta. E esses livros em volta são os manuais da vida”.