Jornal Oeste

A campanha eleitoral deste ano está sendo marcada por dois fatores interessantes. Traíragem e poderio financeiro. A traíragem mais comentada na semana passada foi a de bolsonaristas que apoiaram a candidatura a prefeito de Takao Nakamoto (PTB). Entre os que trocaram o japonês por Francis da Cometa (PSDB), estão os suplentes de vereador Bira Som e Valdeir do Caramujo. Na pré-campanha, a traíragem mais famosa foi de um grupo que trocou o deputado federal doutor Leonardo (Republicanos) por Irajá ‘Rasgando Dinheiro’ Lacerda (PSD). Fidelidade política perdendo feio para o oportunismo.
 
Grana
 
Em relação ao poderio financeiro, esta campanha atestou que quem tem grana, grupo político e experiência, tem mais chances de se sobressaírem. Deputados com mandato da região como Doutor Leonardo (Republicanos), Valmir Moretto (Republicanos) e Doutor Gimenez (PSD) não podem contar apenas com votos espontâneos e transferência de votos de prefeitos e vereadores. Se quiserem continuar com mandato vão ter que gastar como estão fazendo Irajá e Francis.  
 
Cáceres
 
No caso específico de Irajá e Francis, eles estão fazendo uma aposta arriscada. Estão tentado usar Cáceres como arranque. Alguém precisa fazer uma conta simples para ambos. Dividir os votos válidos pelo número de candidatos e verá que será muito dinheiro para pouco voto. Se alguém duvida do que estou falando, pegue a votação da última eleição para Estadual na cidade. Lá vocês verão nas duas primeiras colocações os candidatos que terão mais votos na eleição deste ano.
 
Francis
 
A Justiça Eleitoral indeferiu pedido da defesa do ex-prefeito Francis Maris (PSDB), que queria a retirada de uma nota da Coluna que mencionou a expulsão dele do grupo de whatsapp denominado Boa Mídia do veterano jornalista Eduardo Gomes (Brigadeiro). Indeferiu porque o juiz e a torcida do Flamengo ouviu o áudio. Sem medo de errar, tenho certeza que a ideia de passar mais essa vergonha foi do ‘Cara de Rato’, famoso ‘Dumbo’, o mesmo que arquitetou para ser o candidato a prefeito de Francis, mas, que foi rejeitado dentro do próprio grupo. Aí, o gênio da política pariu o Paulo Donizete como candidato e decretou a derrota do grupo.
 
Leonardo
 
Se as coisas não estavam fáceis para o deputado federal doutor Leonardo (Republicanos), uma manobra exposta em uma reportagem nesse final semana, pode tornar a reeleição muito mais complicada. A matéria diz que há uma briga interna no partido por recurso do Fundo Partidário e que o vereador e presidente da legenda em Cuiabá, Eduardo Magalhães, que é concorrente de Leonardo, teria recebido a maior fatia, quase R$ 2 milhões. Com mandato, Leonardo teria recebido apenas R$ 751 mil. O texto deixa nas entrelinhas, que a direção do Republicanos estaria favorecendo o parlamentar cuiabano.