Quando vasta planície pantaneira recebeu as primeiras levas de colonizadores portugueses, a região era habitada por várias tribos indígenas como guatós, bóroros, terena, paiaguás e os guaicurus. E, com esses nativos adquiriram os saberes do emprego de cada madeira- o carijó - por exemplo, utilizado na cobertura das ocas, nos ranchos como telhados e ainda nos currais como "vara pau", devido a sua postura espigada também se aproveitava para lavrar os mastros nas festas de Santo.
O engenheiro florestal Alexandro Márcio Alves de Arruda, poconeano de nascimento, com domicílio em Sorriso MT, onde presta assessoria e consultoria ambiental um dos especialistas nos estudos da flora brasileira, aponta que o Aricá possui durabilidade só comparada a aroeira, salientando que após a extração não podem ter contato com terra e seu aproveitamento deve ser respeitado sempre na estação de inverno e na lua minguante que às tornam resistente as brocas e outras pragas madeiras, principalmente ao cupim.
Alexandro também observa que o Aricá é rico em sílica, até mesmo às potentes moto serras não resistem a três cortes.
Já a sucupira preta , também confundida com o Coração de Negro, segue espocando suas flores destoando com o roxo mais ameno, não menos importante fazendo das bordas do Pantanal como se dissessem a flor símbolo do Brasil, o ipê amarelo num mosaico de cores- boas vindas- que se aproxima na lua, Mato Grosso ganhará o amarelo vivo tanto do Ipê quanto do Páratudo, este último no antanho muito útil nas receitas de chá da casca como se fosse lombrigueiro (
João Arruda é, ativista cultural, ambientalista, repórter em Cáceres MT)