Nesta primeira semana do inverno quem viaja pelo Oeste de Mato Grosso, região compreendida entre Barra do Bugres; Cáceres; Cuiabá e Poconé , percebe nas dobras das Serras das Araras; Quilombo; Oncinha e Mangaval um cenário de rara beleza são as piúvas roxas que espocam tingindo as matas com suas cores fortes.
O colorido dá um contraste ao final do outono quando às árvores fazem a transição para a chamada " reserva de água ", algumas espécie da vegetação como a aroeira, o cambará, o manduvi e o gonçaleiro se revestem num tom de ferrugem diversificando e embelezando mais ainda as matas nativas ainda preservada na porção Oeste de Mato Grosso.
Tanto na Rodovia Federal 070 como na MT 343, é comum notar viajantes gravando essas matas para compartilhar nas redes sociais.
Carlos Carvalho Schubert, 47 anos é natural de Porto Alegre, em viagem entre seu estado nos pampas até o Acre , disse que riscou o Sul do Brasil para visitar parentes em Rio Branco, desde a sua saída ficou surpreendido com a beleza das Serras de Mato Grosso. " desde o Rio Grande do Sul cruzando Santa Catarina, Paraná , Mato Grosso do Sul, tinha avistado grandes lavouras de soja milho, somente na parte da fronteira de Mato Grosso, o cenário mudou, muito bonito, muito preservado ", avaliou.
O casal Doriane Paravá e Indalecio Lançoni possue um restaurante encravado entre a Serra do Mangaval e Morro da Perdiz, chegam a brincam com estação dizendo que quando são procurados para vender a área respondem e tom humorado afirmando que "só vendem a vista " se referindo a visão que tem horizonte.
A região Oeste deste estado é uma das únicas a não ceder espaço ao plantio de grãos. Enquanto que às regiões norte, Sul e do Araguaia cidades inteiras são tomadas pelo plantio de grãos, tanto que os pantaneiros as chamam de cidades sojificadas. O termo piúva é do glossário pantaneiro, é sinônimo de Ipês Roxos.