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14/06/2022 - 09:23

Professores participam de sessão da Câmara portando cartazes com dizeres Óleo de Peroba

Por Sinézio Alcântara

Expressão Notícias

 (Crédito: Expressão Notícias)
Em greve há 8 dias, professores da rede municipal de ensino, em Cáceres, encontraram uma forma debochada de protestar dos vereadores que se manifestam contra a paralisação. Dezenas de grevistas participaram da sessão da Câmara, na noite de segunda-feira (13/06), portando cartazes, com dizeres “Óleo de Peroba”.
   
 A iniciativa do grupo é uma alusão, a um aluno do IFMT/Cáceres que, inconformado com a postura de alguns vereadores que, na opinião do estudante, na fazem pela cidade, deveriam usar óleo de peroba. O termo sobre o produto também é usado como a gíria “cara-de-pau” para insinuar que alguém é falso.
 

    Em greve há uma semana, não há sinais do retorno dos professores às salas de aulas. Eles não recuam da decisão, tomada em assembleia-geral da categoria e, a prefeitura, através da Secretaria de Educação, acreditando na decisão judicial de julgar o movimento ilegal, não apresentou nenhuma contraproposta.
   
 Os professores reivindicam o imediato pagamento do Piso Nacional do Magistério que é de R$ 3. 846,63 para jornada de 40 horas semanais. O índice nacional de reajuste é de 33,24%. Porém, no início do mês de março a prefeita antecipou 14,35% faltando 16,57%. São cerca de 9.500 alunos sem aulas.

     A situação é tensa. Apoiador do movimento, o vereador Cesare Pastorello, chamou de canalha algumas pessoas – ligadas a administração e a Câmara – que estariam insuflando servidores da área de saúde, inconformados com a defasagem salarial, de que a greve dos professores estaria prejudicando a reivindicação deles.

    “Colocar o pessoal da Saúde contra o da Educação é canalhice. Coisa de gente baixa, desqualificada e sem proposta de melhoria nenhuma para os serviços públicos que a sociedade precisa. Piso é lei e quem não cumpre uma, não cumpre nenhuma! ” afirmou.

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4 comentários

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  • por servidora, em 18.06.2022 às 07:21

    As palavras do Jaime, já diz tudo, com certeza é um conhecedor do assunto. Parabéns pela coragem em desabafar uma situação tão simples de resolver, se realmente a administração municipal tivesse uma gestão competente.

  • por Juliana, em 14.06.2022 às 22:02

    Sinceramente ! Comentários do senhor Jaime mostra como é fácil falar da educação sem conhecimento de causa. A paralisação é única e exclusivamente pelo piso salarial dado pelo Bozo a todos os entre federativo e não repassado pela prefeita! Esquece outros mimi e promessas vazias que sempre usam para parar de dar .

  • por Jaime, em 14.06.2022 às 19:43

    Lembrando a sociedade cacerense que a greve não é apenas a reivindicação para o pagamento do piso salárial e horas atividades dos professores interinos, mas também o descaso com a educação na estrutura das escolas do municipio de Cáceres tanto urbano e pior ainda o do campo, quando um diretor de escola diz que o "aluno tem que trazer papel higienico de casa" é um absurdo e grave a prefeitura sequer envia para a escola o material básico para o uso do aluno, os profissionais da educação tem que ser promoter, ou seja, realizar festa, fazer bingo, vender rifa, fazer promoção de pastel para ter recurso para fazer o minimo ter material básico para manter a escola funcionando. As escolas do campo ainda é pior a situação! Agora para então prefeita e para os vereadores nada basta, não são os filhos deles que depende da escola pública. Sociedade cacerense junta-se a nóis por uma educação realmente de qualidade. Até agora a prefeita apenas mentiu pra vocês e ainda continua mentindo..

  • por Lucas, em 14.06.2022 às 13:30

    Mais vergonhoso ainda é saber que que a Gestora Municipal é professora, antes disso deveria chamar para o diálogo, pois ela é professora, é da educação e sabe dessa problemática, bem feito, greve justa e recebe o apoio de todos os cacerenses, parabéns professores vocês merecem o nosso abraço, seguem firmes na luta que Deus proverá...

 
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