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25/05/2022 - 13:41 | Atualizado em 25/05/2022 - 14:01

Decisão judicial reconduz a Pró-Saúde na direção do Hospital São Luiz em Cáceres

Por Sinézio Alcântara

Expressão Notícias

 (Crédito: Expressão Notícias)
Por força de uma decisão liminar, a empresa Pró-Saúde deverá reassumir, nas próximas horas, a direção do Hospital São Luiz, em Cáceres. A antecipação de tutela foi concedida pela justiça, através do desembargador Luiz Carlos da Costa. A requisição administrativa do hospital foi realizada pelo governo do Estado no dia 28 de março.

    De acordo com a decisão, o governo do Estado, terá cinco dias, a partir da publicação da liminar, datada do dia 23 de maio, para comprovar que a Pró-Saúde –Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar não tem capacidade financeira para gerir a instituição. O governo, através da Secretaria de Estado de Saúde (SES) ainda não se pronunciou.

     A ação de requisição administrativa do Hospital teve o objetivo de evitar a possível descontinuidade de atendimento à população da região da Grande Cáceres (formada por 23 municípios), sobretudo no que diz respeito à obstetrícia e às gestantes de alto risco. De acordo com o governo, a unidade ameaçava fechar as portas e não cumpria com o contrato estabelecido junto ao SUS.
 
     A concessionária Pró-Saúde alega ser proprietária do hospital. E, que o governo teria agido de forma totalmente ilegal.

    A SES juntou aos documentos que, supostamente, comprovam a ameaça do fechamento da instituição, mal atendimento e a falta de insumos, cópias de, pelo menos, 60 reclamações, cedidas pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal, entre elas, ocorrências policiais e depoimentos de médicos, servidores e pacientes relatando a suposta precariedade da administração.

     Em entrevista coletiva à imprensa, o então secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo disse à oportunidade que um dos motivos que deixaram o hospital em “verdadeiro caos”, eram porque os recursos repassados pelo Estado através da SES chegavam à unidade e, horas depois, eram transferidos para conta da matriz da empresa, em São Paulo.

      Além dos constantes atrasos no pagamento dos salários dos funcionários, para justificar o que ele chamou de “caos” disse que faltava insumos e medicamentos básicos, na unidade, com dipirona.

     “Os recursos chegam ao hospital e horas depois são mandado para a matriz em São Paulo. Aqui falta de tudo. Para se ter uma ideia, a direção do hospital já recorreu ao Hospital Regional para emprestar até dipirona”.
 
      Preocupado com uma possível decisão judicial favorável a empresa, como aconteceu, o então secretário disse que “se houver uma possível decisão judicial favorável a empresa, o governo do Estado não irá investir um centavo nesta instituição” disse revelando que a Secretaria de Estado de Saúde já havia cancelado o contrato com a Pró-Saúde.

      Assim que assumiu a direção hospital, o governo disse que a unidade passaria a funcionar como um anexo do Hospital Regional de Cáceres. E, que passaria a ser o maior hospital de Mato Grosso, com cerca de 320 leitos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

     A Pró-Saúde era contratada pelo Estado para ser referência em atendimentos ambulatoriais, clínica geral, internações de cirurgia geral, ginecologia, obstetrícia clínica e cirúrgica, pediatria clínica, pneumologia e em Terapia Intensiva (UTI) adulto e neonatal, o que segundo o Estado não acontecia. O hospital conta com 158 leitos, dos quais 108 eram credenciados pelo SUS.

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3 comentários

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  • por souza, em 26.05.2022 às 08:50

    Mais interessante né quem é a pró-saúde.

  • por Galdêncio, em 25.05.2022 às 18:27

    A famigerada justiça que sempre legisla a favor da criminalidade. Continua a parasitagem na instituição e o cidadão que se danem.

  • por Luan, em 25.05.2022 às 13:52

    ... e enquanto isso, usuários da Unimed segue sem atendimento de emergência, mesmo pagando caro.

 
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