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28/12/2009 - 00:00

Inquéritos sobre fraudes no Concurso do Estado serão concluídos até fevereiro

Por Jornal Oeste

OLHARDIRETO As investigações que apuram o vazamento de informações e prática de improbidade administrativa e má aplicação de recursos nas provas do concurso público promovido pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em 22 de novembro, estão em fase final de instrução e devem ser concluídas até fevereiro de 2010. A estimativa é do promotor Domingos Sávio, que representou o Ministério Público Estadual na coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (28) pelo Comitê de Acompanhamento do concurso. Conforme o promotor, o oferecimento de denúncia ou arquivamento da ação independe da nova data para a realização das provas já que os suspeitos que estão sendo investigados não estão participando do novo processo seletivo. “As novas datas do concurso não representam marco para nossos trabalhos. Afinal, estamos apurando procedimentos pretéritos, os investigados já estão afastados do processo”, declarou. Embora não tenha antecipado o posicionamento do Ministério Público sobre as denúncias de fraude no concurso público, Sávio desconsiderou a existência de opinião taxativa em relação aos trabalhos desenvolvidos pela Unemat. Questionado se ocorrera um “esfriamento” nas críticas direcionadas à instituição organizadora do concurso, o promotor foi incisivo. “É bom frisar com letra grande, negrito e sublinhado que somente a promotoria de Cidadania e Defesa do Consumidor pode se manifestar sobre o ocorrido. Soube por meio da imprensa que alguns membros do MP fizeram declarações a respeito da Unemat. Porém, eles não têm atribuição para isso. Não podemos aleijar e descartar a Unemat neste momento”, disse. No início de dezembro, foi constatada fraude no concurso por meio de perícia técnica realizada pelo Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso (Politec). De acordo com os representantes do MP, foi demonstrado na perícia que nos computadores e pendrives particulares apreendidos das servidoras concursadas da Unemat, Renilce Miranda Cebalho Barbosa e Geisa Atala Gomes Curvo continham questões e atalhos referentes à prova com respostas e justificativas. Revelou-se também, por meio de depoimentos, que a servidora Sandra Raquel de Almeida Cabral manuseou o material fora do núcleo da Covest da Unemat. Os representantes do Ministério Público afirmaram que, até o momento, não existem provas de que as informações contidas nos computadores das servidoras foram repassadas ou vendidas para outras pessoas, mas foi constatado que duas irmãs da servidora Renilce Miranda Cebalho Barbosa se inscreveram para concorrer às vagas de delegado e professor de Biologia. As investigações terão continuidade e caso seja comprovado que candidatos tiveram acesso às informações, o Ministério Público poderá fazer o aditamento da denúncia.O trabalho de investigação conta ainda com a participação dos promotores de Justiça Sérgio Silva, Samuel Frungillo e Luciano Freiria de Oliveira.
 
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