Cessadas as derradeiras chuvas do período chamado de cheia no Pantanal, em Cáceres - 210 quilômetros a Oeste de Cuiabá- o Rio Paraguai, suas baías e corixos, registram o fenômeno natural batizado de "vazante ", conforme imagens captadas pelo fotógrafo Ronie Von Barros.
O excesso de águas trazidas pelas chuvas durante o verão, inundam campos, matas e avançam sobre as lagoas, baías, corixos e furados, facilitando a navegação, e principalmente entrada de cardumes das mais variadas espécies da fauna pesqueira matas adentro para desovas e alimentação dos filhotes.
Nas imagens captadas com drone, percebe o surgimento das chamadas "cabeças praias", aqui a Praia do Daveron, incrustada no Centro Histórico, ao norte da baía que leva o nome da cidade.
Entre os meses de novembro, dezembro, janeiro até março, as areias são totalmente encobertas pelas águas decorrentes das chuvas intensas a vegetação, principalmente as plantas aquáticas que emolduram a margem direita de Cáceres, formando como se fosse sinuoso tapete verde, até as águas da baía desembocarem no leito do Rio Paraguai, e de lá descer pantanal abaixo formando a maior planície alagada do Mundo.
A Localização, de Cáceres, lhe permite geograficamente afirmar que ali têm o início o Pantanal, baseando na inclinação de 23 graus do polo Norte e relação ao polo Sul, da terra.
* Praia do Daveron, a denominação homenageia o norte americano Alexander Sólon Daveron, pesquisador da renomada Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), que se auto exilou em Cáceres, até seus últimos dias, a Chácara que pertenceu a ele foi comprada pela prefeitura, hoje é a sede da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo, a Praia ganhou o nome do professor que trocou o Tio Sam, pela Princesinha do Paraguai.