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23/12/2009 - 00:00

Incra assina convênio de R$ 27 milhões

Por Jornal Oeste

Caroline Rodrigues Da Redação O Instituto de Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assinou um convênio para reforma de estradas e pontes nos assentamentos de 38 municípios de Mato Grosso. Ao todo serão cerca de 1,2 mil km e os prefeitos contemplados dizem que a quantia atenderá 10% da necessidade das comunidades, que ficam "ilhadas" devido a queda de pontes e atoleiros. O prefeito de Comodoro (644 a Oeste de Cuiabá), Marcelo Beduschini, diz que existem 1,2 mil famílias assentadas no município e apenas 117 serão beneficiadas com a estrada. Ele conta que a situação é complicada e que a prefeitura tem alguns maquinários, que já estão velhos, e são usados para evitar os atoleiros. Os pequenos produtores fazem "malabarismos" para conseguirem entregar os produtos para venda na cidade. O caso fica mais grave para as famílias que trabalham como pecuária de leite, pois o produto é perecível e precisa ser transportado todos os dias. Beduschini explica que dos 1 mil km de estradas entre os assentamentos, 640 km terão investimentos. Ele relata que é o primeiro contrato para estradas no município desde a fundação. Em Castanheira (779 km Noroeste de Cuiabá), o prefeito José Antunes, conseguiu dinheiro para arrumar 42 km, dos 850 km que estão entre os lotes do assentamento. Ele fala que o recurso ajuda, mas não soluciona o problema e as famílias ainda correm risco de ficar isoladas com aumento das chuvas. Na região, os pecuaristas estão organizando locais para armazenarem os produtos, como câmaras frias e demais investimentos. A intensão é não perder o trabalho em caso de interdição da estrada. Outro lado - O superintendente do Incra, Willian Sampaio, diz que é impossível fazer a manutenção em todos as estradas de assentamentos rurais. Ele argumenta que a União não tem condições de pagar pelo serviço e que apenas nos contratos assinados ontem foram investidos R$ 27,13 milhões. Sampaio conta que os projetos selecionados passaram por um consenso entre os agricultores e gestores municipais. Eles que elencaram as prioridades.
 
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