19/12/2009 - 00:00
Instituto Histórico e Geográfico de Cáceres lança livro de Natalino em noite de gala
Por Jornal Oeste
Assessoria IHGC
Em noite de gala no plenário Vereador Hênio Maldonado - Câmara
Municipal, o Instituto Histórico e Geográfico de Cáceres – IHGC,
presidido pelo advogado Luiz Emídio Dantas, lançou a 2ª edição, revista e atualizada, do livro História de Cáceres – História da Administração Municipal, do Acadêmico Natalino Ferreira Mendes.
O evento contou com a presença de autoridades a representação da Academia Matogrossense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, que se fez representar pelos presidentes, Nilza Queiroz Freire e João Carlos Vicente Ferreira, além do acadêmico Avelino Tavares.
Na abertura, o escritor e poeta cacerense Airton Reis Jr, sócio correspondente do IHGC na Capital,
leu poema de sua autoria em homenagem ao Professor Natalino, “História de Cáceres: Presente!”, destacando “Que a glória da cultura da liberdade seja sempre mais que páginas na História da vida da nossa cidade natal. Viva o Professor Natalino Ferreira Mendes nesta e em tantas outras obras, de cunho efetivamente humanista e harmônico, escritas por um literato em constante caminhar intelectual”.
A apresentação da obra e do autor ficou a cargo da Prof.ª Drª. Olga Maria Castrillon-Mendes, filha
do Professor Natalino.
Após a composição da mesa e do dispositivo de honra com o autor, autoridades e convidados,
todos puderam cantar o Hino de Cáceres, de autoria do Professor Natalino Ferreira Mendes, música do Capitão Lenírio da Silva Porto, gravado pela banda do 2º BFron, projetado em telão, ilustrado e legendado pelo membro do IHGC engenheiro Adilson Reis.
Ao final, quebrando o protocolo do evento, foi feito encaminhamento à Câmara, do pedido para retornar a configuração do Brasão de Cáceres ao seu formato original.
O IHGC sugeriu ainda ao Secretário Municipal de Educação Dimas Santana, representante do prefeito Túlio Fontes no evento, que o hino, no formato apresentado, seja executado em todos os eventos oficiais em Cáceres e distribuído em todas as Escolas Municipais, sugestão prontamente acatada.
A reedição da obra, sob coordenação de Neuza Zattar e Olga Maria Castrillon-Mendes, com acervo/reprodução por Luis César Castrillon Mendes a partir de arquivos do autor, da Profª. Ana Lúcia Gomes da Silva Rabecchi e do Engenheiro Adilson Reis, foi publicada pela Editora UNEMAT e apoiada pela FAPEMAT.
Seguiu-se a noite de autógrafos e venda de exemplares (tiragem de mil cópias), cuja renda foi
gentilmente doada pelo autor ao IHGC.
A obra História de Cáceres: administração municipal, de Natalino Ferreira Mendes, é fruto de parcerias e do trabalho coletivo.
Considerada uma das principais fontes sobre a história da formação do município de Cáceres e do registro das principais políticas implementadas pelas administrações públicas, encontrava-se esgotada, reclamando por repercussão e atuação como sistema simbólico de comunicação inter-humana.
Em 1973, a publicação da obra, através de Indicação Parlamentar do memorável vereador Enio Maldonado, representou o esforço conjunto da Câmara Municipal de Cáceres em fazer circular a primeira obra histórica sobre a formação do município e a administração pública de Cáceres.
Hoje, essa atitude se concretiza através dos esforços do IHGC de revigorar a relação do público com a obra e o autor, realizando o complexo que define o seu valor.
Assim, investindo no projeto de reedição da História de Cáceres o Instituto investe nos esforços de difundir e divulgar a produção histórico-literária e geográfica dos escritores cacerenses que ficaram circunscritas às bibliotecas e museus.
Desta forma, considerando o ineditismo e o cunho científico do trabalho, além da necessidade de revitalizar a cultura histórica do município, o IHGC teve a aprovação do projeto junto à Fundação de Apoio às Pesquisas do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT).
A reedição da referida obra, ampliada e revisada pelo próprio autor, participará do processo de (re)conhecimento da cultura histórica nacional.
A união entre o referido projeto do Instituto Histórico e Geográfico de Cáceres, cujos preceitos básicos visam a revitalização da memória sócio-histórica e cultural do município, e a sua condução por pesquisadoras da UNEMAT, resultou na obra que, conforme palavra do seu prefaciador “borda” a história de Cáceres para compor o tecido de uma História do Brasil.
Daí os recortes temporais que pluralizam os sentidos que atuam em favor da reflexão crítica sobre o Brasil e suas relações transcontinentais.
Desta forma, foi possível compor a obra em duas partes: da fundação de Cáceres a 1973 e, dessa data até o ano de 2008.
Ambas ilustradas e devidamente referenciadas de acordo com normas técnicas.
Nesse aspecto, agregam-se novos parceiros voluntários que, cederam parte do material visual além de outros do acervo próprio do autor e de bibliografia que se julgou necessária à composição do texto.
Simbolicamente, as muitas vozes que enunciam a história endossam a idéia do trabalho em equipe, da necessidade do conjunto de forças institucionais que descobre e dá vida aos projetos, partilhando-os com o conjunto da sociedade.
O autor
Natalino Ferreira Mendes (3/1/1924) é um brasileiro plasmado em terras mato-grossenses.
Aqui, estudou e exerceu todas as suas funções como professor e funcionário público, espaços que lhe proporcionaram o manuseio com os arquivos e a vivência do exercício diário em contato com os livros e o povo de Cáceres.
Como membro da Academia Mato-grossense de Letras e sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e emérito sócio fundador do seu congênere em Cáceres, Ferreira Mendes tem mostrado a sua ligação visceral com a história e a poesia da terra, seus costumes e tradições, sempre ecoando como voz que entra em concerto com os reclames gerais da nação.
A sua produção intelectual compõe um complexo de pesquisas históricas, ensaios e poesia, desde 1968, muitos ainda inéditos.
Dentre seus trabalhos publicados destacam-se: Marco do Jauru (1983); História de Cáceres: origem, evolução e presença das forças armadas e Efemérides cacerenses (1992); Anhuma do Pantanal (poesia da terra, de 1993); Memória cacerense (crônicas históricas de 1998) além dos inéditos de poemas intitulado Pássaro vim-vim, em recente projeto também aprovado pela FAPEMAT, em vias de preparação.
Assim se configuram, em rápidas palavras, o autor e a obra que completarão o seu sentido no contato com o público leitor, agente que constitui o sentido da própria criação. (colaborou Olga Maria Castrillon-Mendes)