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31/07/2021 - 09:44

Genro tirou móveis de casa antes de incêndio que sogro morreu carbonizado

Por Yuri Ramires

Arquivo

 (Crédito: Arquivo)
Contradições marcam a versão do casal suspeito de incendiar uma casa em Mirassol D’Oeste (300 km ao Oeste de Cuiabá), que resultou na morte de Toshio Ono, 77, no dia 26 de junho. Agora, Polícia Civil está colhendo provas para sustentar a materialidade de que a filha e genro da vítima são autores do crime, apesar de eles negarem o fato.
 
Em entrevista ao , Carla Nogueira, delegada responsável pelo caso, informou que durante a oitiva, o casal foi ouvido uma vez juntos e separados. “Ela fica calada e ele nega. Mas, separados, ela fala, dá outra versão, mas nega também. Por fim, acabam se contradizendo”.
 
Carla cita que N.Y.O, 44, filha de Toshio, tem um perfil omisso e entendeu que quem ‘manda’ era o marido dela, A.J.S.S., 52. Inicialmente, o incêndio que resultou na morte do idoso foi dado como acidental, mas a prisão foi necessária para resguardar e esclarecer os fatos.
 
Agora, a delegada quer apressar a perícia e o laudo da necropsia. “A expectativa é saber se há amostra de fuligem no corpo, que indica que ele morreu asfixiado no incêndio. Ou, se ele foi morto antes e o corpo colocado no local”.
 
Vale ressaltar que a investigação ainda está colhendo provas para o inquérito, tal como documentos do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que acompanhava a família.
 
Há relatos de que Toshio sofria maus tratos. Delegada descobriu ainda que no dia do crime, o genro de Toshio tirou todos os móveis da casa, além de ter tirado o botijão de gás.
 
“Ele disse que tirou para passar veneno no local. Mas, para quem passar veneno em casa você não tira os móveis, não tira o gás. Isso demonstra que ele pode ter preparado o local. Tudo foi colocado em uma casa nos fundos”, disse ela.  
 
Corpo Carbonizado

Conforme noticiado pelo , o fogo começou na noite do dia 26 e foi flagrado por uma equipe da PM, que fazia rondas pela cidade e avistou a fumaça. Quando chegou na rua, avistou a casa em chamas.  
 
No local, conseguiram socorrer duas pessoas que pediram socorro – o casal preso. Toshio não foi dado como morto no primeiro momento, já que não costumava dormir naquela casa, e sim na casa de parentes.  
 
Só em um segundo momento, quando o corpo foi encontrado e o paradeiro dele não foi descoberto, que a família entendeu que se tratava dele. Foram necessários 3 caminhões pipas para controlar o fogo.

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