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01/05/2021 - 08:56

Seca chega mais cedo ao Pantanal e Rio Paraguai tende a níveis mínimos

Por Aline dos Santos

Direto das Ruas

Rio Paraguai, no trecho em frente ao Casario do Porto (Corumbá), em janeiro deste ano (Crédito: Direto das Ruas)

Rio Paraguai, no trecho em frente ao Casario do Porto (Corumbá), em janeiro deste ano

Um cenário de seca se desenha, pelo terceiro ano consecutivo, para o Pantanal e o Rio Paraguai, principal curso de água e que dita o ritmo dos pulsos de inundações no bioma. Conforme o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), a estação chuvosa na região do Pantanal encerrou precocemente no final de março.
 
Boletim do Serviço Geológico do Brasil aponta que mesmo no final  do período chuvoso, quando se espera registrar recarga hídrica nos mananciais, o Rio Paraguai está prestes a entrar novamente na zona de atenção para níveis mínimos em Mato Grosso do Sul. Em território brasileiro, o Pantanal se espalha por MS (65%) e Mato Grosso (35%).
 
Nesta semana, o Rio Paraguai registrou a cota de 1,79 metro em Ladário, vizinha a Corumbá, onde normalmente, nesta época do ano, atinge 3,42 metros. Segundo o pesquisador Marcus Suassuna, esse recuo do rio, quando a expectativa era de subida, é resultado da intensidade da última estação seca e de uma estação chuvosa com precipitações abaixo do normal em 2021.

Segundo o pesquisador, é provável que o nível do rio em Ladário aproxime-se do zero da régua da Marinha, a exemplo do que ocorreu no ano passado. A partir da cota de 1,50 metro, a Marinha do Brasil passa a adotar restrições à navegação.

A estiagem já levou o governo de Mato Grosso do Sul a decretar situação de emergência ambiental. O Rio Paraguai nasce  a Chapada dos Parecis (MT)  e segue na direção sul, percorrendo  o limite entre os biomas da Amazônia e do Cerrado, adentrando no Pantanal, na região de Cáceres, por onde segue até deixar o Brasil para o Paraguai.

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2 comentários

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  • por EDEZIO, em 04.05.2021 às 10:59

    Bobagem. Isso não acontece em 4 anos de um governo. São anos de falta de um plano mitigador para enfrentamento das variações do clima e suas consequências. Por exemplo, desmatamento das margens dos rios, conservação das nascentes, e tantas outras medidas de prevenção e contenção que tanto os países ricos falam e não cumprem.

  • por ademilson, em 01.05.2021 às 09:49

    Isso e simples de explicar foi provocado pela política ambiental do governo tramp destruindo as normas de redução dos gases poluentes jogados na atmosfera ou seja destruição das matas exploração dos recursos naturais de maneira criminosa com a massa de ar quente predominante dificilmente vai formar chuva quando uma matilha segue um falso líder todos paga um preço muito alto.

 
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