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09/04/2021 - 09:54

Servidores de combate a pandemia em Cáceres ameaçam suspender atendimentos por falta de pagamento de insalubridade

Por Expressão Notícias

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 (Crédito: Expressão Notícias)
 Servidores de vários setores de saúde, em Cáceres, avaliam a possibilidade de suspender os atendimentos, em plena pandemia do novo coronavirus. De linha de frente do combate a pandemia, eles demonstram insatisfação, com a administração porque, apesar de ser um direito, não conseguem receber o adicional de insalubridade do município.

     Há informação – não oficial-, de que, por esse motivo, pelo menos, dois trabalhadores que atuam na Vigilância em Saúde já teriam pedido demissão. O adicional de insalubridade é um direito assegurado, por lei, aos trabalhadores que exercem atividades em locais insalubres, com risco a vida.

     “Trabalhamos em local de alto risco. Estamos em constante contato com pessoas infectadas pelo coronavirus. Corremos sério risco de contrair e contaminar as nossas famílias. Tudo por um salário de R$ 1.400,00. E, a administração se recusa a pagar o adicional de insalubridade de R$ 200,00 isso é injusto” justifica um dos trabalhadores.
 
      Para comprovar o alto risco a que são submetidos, outro servidor lembra que, desde o início da pandemia, vários colegas já foram contaminados e, pelo menos, dois da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) morreram em decorrência da infecção.

     O vereador Luiz Landim diz que tem conhecimento da reivindicação dos servidores e, que, inclusive, já solicitou, através de requerimento, para que a prefeita Eliene Liberato Dias, pague o adicional de insalubridade à esses trabalhadores. Contudo, segundo ele, ainda não obteve resposta.

     “O que esses servidores estão reivindicando é um direito assegurado em lei. Eles exercem as funções em ambiente insalubre e de alto risco, podendo se contaminar e contaminar a família. O que não podemos é correr o risco de perder funcionários, especializados, em plena pandemia” alertou dizendo que há informação de que alguns pretendem entrar na justiça para cobrar o direito.

     Landim informou ainda que, na prefeitura já existe um estudo sobre o adicional elaborado pela administra anterior. Porém, segundo ele “faltou boa vontade da gestão para colocá-lo em prática. Mas, acredito que a prefeita Eliene não será desumana para não atender e pagar o direito desses trabalhadores”.
 
     O vereador ressaltou ainda que se reuniu, na quarta-feira (07/04) com o secretário de Saúde, Sérgio Arruda e, posteriormente, com secretário de Administração Wilson Kishi cobrando uma definição sobre a demanda dos servidores. E, que, segundo ele, o secretário de Saúde, teria demonstrado interesse em solucionar o problema.

     O secretário de Administração Wilson Kishi assegurou que o adicional de insalubridade já é pago a 38 servidores da UPA e a 4 da Vigilância em Saúde. Não informou, no entanto, porque o benefício não é estendido aos demais. Garantiu que a administração está estudando uma forma de atender a reivindicação dos servidores o mais rápido possível.

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6 comentários

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  • por Pantaneiro Raiz., em 12.04.2021 às 09:08

    O maior erro que uma sociedade pode cometer contra a democracia é reeleger seus políticos . E em todos os níveis e nem precisaria mudar a legislação eleitoral. Basta passar a ter como metodologia de não reeleger ninguém. Mas num país que até ex presidiário tem milhares de votos ,imagine os que apenas dá tampinha nas costa e fala manso tem de eleitores para manter - se eternamente no poder.

  • por VIana Julli, em 09.04.2021 às 18:29

    Depois de ver esse salário. É dez vezes melhor ser professor.

  • por Marco Aurelio, em 09.04.2021 às 14:31

    Eu como servidor da saúde cansei de ver o vereador CESARE PASTORELLO falando e de certa forma fazendo barulho na gestão FRANCIS para que tanto a insalubridade, quanto a periculosidade fossem pagas aos servidores,mas depois que assumiu a representação do governo se esconde atrás da COVID. desculpe o trocadilho vereador, mas o senhor tem sido COVARDE em não sentar com a Eliene e definir de uma vez por todas essas situações, eu te admirava o senhor, mas vi que é um legítimo representante da velha política.

  • por Aireno, em 09.04.2021 às 11:38

    Só estão recebendo pq entraram na justiça comum pra garantir o seu direito. Os que aí da não entraram estão aguardando a boa vontade da administração municipal, que por sinal, não está nem aí pros profissionais que se arriscam no enfrentaremos direto ao covid. E ainda assim recebem o mínimo 20%, sendo que o correto seria 40% (grau maximo), por ser praticamente uma uti na upa e pela doença ser altamente contagiosa e letal. Já perdemos 2 colegas de trabalho que morreram que se contaminaram no trabalho, cuidando dos doentes da pandemia. Pedimos maior respeito, valorização e valoração da administração municipal, nada mais que direito nosso.

  • por samuel, em 09.04.2021 às 11:27

    Só recebem quem entra pela justiça.

  • por Oiramozodrac, em 09.04.2021 às 10:45

    Esses guerreiros mereciam receber muito mais do que essa bagatela de 200 reais! Que Deus protejam todos vocês e seus familiares.

 
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