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22/03/2021 - 14:43

Mato Grosso vai parar tudo por dez dias. Só abrirá postos de combustíveis, farmácias e supermercados

Por Folhamax

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
Com o recuo na proposta de antecipar feriados, o Governo de Mato Grosso pretende decretar um lockdown de 10 dias em todo o Estado para entrar em vigor na próxima sexta-feira (26). A proposta é debatida com representantes de diferentes entidades representantes do setor produtivo que avaliam ser necessário elevar para, no mínimo, 55% o índice de isolamento social que no momento oscila entre 36% e 40%.

A previsão para os próximos 2 meses é de um cenário caótico, com muitas mortes por Covid-19 de modo que nas conversas que estão em andamento, já é “quase consenso” entre empresários e gestores públicos que o lockdown é a única saída nesse momento para frear o avanço da pandemia. A proposta anunciada na última sexta-feira (19) de antecipar 3 feriados para esta semana e outro na próxima semana resultando em 9 dias de “fecha tudo”, de forma escalonada em duas semanas foi descartada.
 
 
Assim, o projeto sequer foi enviado para votação na Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira (22). Os envolvidos nas ações e estratégias que serão adotadas pelo Governo de forma conjunta com o setor produtivo, comércio e indústria, avaliaram que tal medida teria pouca efetividade para evitar aglomerações e elevar o isolamento social.

Para isso, foi levado em conta o cenário enfrentado em outras partes do Brasil, a exemplo do Rio de Janeiro (RJ), quando feriados eram antecipados, a população buscava meios de lazer e diversão causando aglomerações do mesmo jeito. A proposta de lockdown prevê o funcionamento apenas de atividades essenciais entre os dias 26 de março e 5 de abril, sendo que cidades terão as fronteiras fechadas e utilização de todo efetivo da Polícia Militar para evitar deslocamentos e aglomerações.
 
A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e a Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT) já se manifestaram na manhã desta segunda-feira. Ambas as instituições afirmaram que nesse período de crise, as atividades da indústria e do comércio consideradas essenciais têm sido fundamentais para atender a população mato-grossense e precisam funcionar para não desabastecer Mato Grosso e o Brasil.
 
“Essa é a nossa postura desde o início da pandemia. Durante as reuniões, já conseguimos o compromisso do governo de que não serão decretados feriados antes da próxima sexta-feira (26/03)”, informou o presidente da Fiemt, Gustavo Oliveira, ao confirmar que participou de várias reuniões com o Governo do Estado nesse fim de semana. Conforme Oliveira, foram analisados cenários e sugeridas novas ações para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

“Nosso índice de isolamento social oscila entre 36 e 40% – e precisamos chegar a a um mínimo de 55%, até que a pressão sobre os hospitais diminua. Isso não significa fechamento geral, mas sim a restrição de algumas atividades e, sobretudo, convencer as pessoas a buscar a própria segurança, mantendo o distanciamento, evitando aglomerações e deslocamentos desnecessários. Teremos 60 dias muito críticos, com a perda de muitas vidas. Perante esse cenário, é fácil concluir a probabilidade de lockdown é muito grande. Para evitarmos isso, só existe uma via: manter o diálogo aberto e negociar, contribuindo com estratégias e ações”, constam nas notas divulgadas pela Fiemt e pela Fecomércio.

De todo modo as reuniões e “negociações” entre membros do Governo e de outras entidades representativas do setor produtivo continuam no decorrer desta segunda-feira e ao longo de toda a terça-feira (23), pois somente ao final do dia é que deverá ocorrer um anuncio oficial por parte do Governo de Mato Grosso. Durante os 10 dias de lockdown o Governo do Estado deverá alinhar com as Prefeituras ações de fiscalização e repressão.

Dentro dessa estratégia, todo o efetivo da Polícia Militar deverá ser convocado para atuar na fiscalizar e adotar as medidas cabíveis a quem insistir em descumprir as determinações. Neset período, ficarão abertos só serviços essenciais, como hospitais, supermercados, postos de gasolina, farmácia, dentre outros.
 
NOTA DA FIEMT 

Caros industriais,
Participei de várias reuniões no fim de semana com o Governo, analisando cenários e buscando novas ações para o enfrentamento da pandemia.
Antes de tudo, reafirmo que a Fiemt continua defendendo que a indústria é essencial e que precisa funcionar para não desabastecer o país e o nosso estado. Essa é a nossa postura desde o início da pandemia.
➡ Durante as reuniões, já conseguimos o compromisso do governo de que não serão decretados feriados antes da próxima sexta-feira (26/03).
Porém, é importante que todos compreendam qual é o real cenário que estamos enfrentando:
1 -  Faltam vagas em hospitais, tanto na rede pública quanto privada. Corremos risco de desabastecimento de oxigênio, medicamentos e insumos hospitalares. Temos hoje 160 pessoas aguardando UTI, mas não há leitos disponíveis. Neste momento, não importa o sobrenome ou a conta bancária: se alguém precisar de hospital, tem chances mínimas de conseguir.
2 - Nosso índice de isolamento social oscila entre 36 e 40% – e precisamos chegar a a um mínimo de 55%, até que a pressão sobre os hospitais diminua. Isso não significa fechamento geral, mas sim a restrição de algumas atividades e, sobretudo, convencer as pessoas a buscar a própria segurança, mantendo o distanciamento, evitando aglomerações e deslocamentos desnecessários.
3 - Teremos 60 dias muito críticos, com a perda de muitas vidas.
➡ Perante esse cenário, é fácil concluir a probabilidade de lockdown é muito grande. Para evitarmos isso, só existe uma via: manter o diálogo aberto e negociar, contribuindo com estratégias e ações.
E é isso o que estamos fazendo.
Senhores, lembro a todos que, graças ao nosso posicionamento rápido e acompanhamento constante da atuação dos governos, já obtivemos inúmeras conquistas para o setor, garantindo que quem cumpre as regras continue trabalhando.
Agora, vamos trabalhar para as melhores soluções coletivas. Além disso, estamos articulando também a viabilização de pleitos importantes para a sobrevivência de nossas empresas e a preservação de empregos, como extensão de prazo para o recolhimento de impostos, prorrogação de validade de certidões, auxílio aos setores mais impactados e outros.
O Sistema Fiemt segue atuando. Manteremos a todos informados assim que tivermos mais detalhes.
Cuiabá, 22 de março de 2021
Gustavo de Oliveira
Presidente do Sistema Fiemt
 
NOTA DA FECOMÉRCIO

Amigos comerciantes, 
Nos últimos dias participei de várias reuniões com o Governo do Estado para analisarmos os cenários e buscarmos novas ações para o enfrentamento da Covid-19. 
Reafirmo que a Fecomércio-MT continua atuando na defesa dos interesses do setor que mais gera emprego e renda ao trabalhador e, consequentemente, que mais contribui com o estado. Nesse período de crise, as atividades do comércio consideradas essenciais tem sido fundamentais para atender a população mato-grossense. 
📌Durante as reuniões, _já conseguimos o compromisso do governo de que não serão decretados feriados antes da próxima sexta-feira (26/03)._
Entretanto, é importante que todos compreendam qual é o real cenário que estamos enfrentando: 
✔️Faltam vagas em hospitais, tanto na rede pública quanto privada. Corremos risco de desabastecimento de oxigênio, medicamentos e insumos hospitalares. Temos hoje 160 pessoas aguardando UTI, mas não há leitos disponíveis. Neste momento, não importa o sobrenome ou a conta bancária: se alguém precisar de hospital, tem chances mínimas de conseguir. 
✔️Nosso índice de isolamento social oscila entre 36 e 40% – e precisamos chegar a um mínimo de 55%, até que a pressão sobre os hospitais diminua. Isso não significa fechamento geral, mas sim a restrição de algumas atividades e, sobretudo, convencer as pessoas a buscar a própria segurança, mantendo o distanciamento, evitando aglomerações e deslocamentos desnecessários. 
✔️Teremos 60 dias muito críticos com a perda de muitas vidas. 
*➡️Perante esse cenário, é fácil concluir que a probabilidade de lockdown é muito grande. Para evitarmos isso, só existe uma via: manter o diálogo aberto e negociar, contribuindo com estratégias e ações. *
E é isso o que estamos fazendo. 
Comerciantes, lembro a todos que, graças ao nosso acompanhamento constante da atuação dos governos e posicionamento ágil, já obtivemos inúmeras conquistas para o setor, garantindo que quem cumpre as regras continue trabalhando. 
Agora, vamos trabalhar para as melhores soluções coletivas. Além disso, estamos articulando também a viabilização de pleitos importantes para a sobrevivência de nossas empresas e a preservação de empregos, como extensão de prazo para o recolhimento de impostos, prorrogação de validade de certidões, auxílio aos setores mais impactados e outros. 
O Sistema Fecomércio segue atuando. Manteremos informados assim que tivermos mais detalhes. 
Cuiabá, 22 de março de 2021 
José Wenceslau de Souza Júnior
Presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac/IPF-MT

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7 comentários

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  • por Marlon maris. Médico e filho de comerciante, em 23.03.2021 às 10:42

    Prefeitura deve dividir e nao so prorrogar data de desconto para iptu . Acabo de renovar alvará de funcionamento. Isso mesmo. Mesmo sem poder funcionar. Eles vieram . Cobrar e renovar. Alvará de funcionamento. Vigilancia. Policia. Bombeiros. E dai. ? Agora cómo pago meu IPTU sem poder trabalhar ? Na gestão anterior ouvi o prefeito me dizer. Não consegue pagar IPTU caro. Venda. Vcs acham justo? Hj as medidas de segurança das empresas e comercios são oque de verdad esta freiando essa pandenia. Todo comercio com allcol. Com uso de máscara. E sobrevivendo. 91 % das pessoas contaminadas. Ou foram aglomerar em festas e reuniões de bebidas. Ou teve um irresponsável da família que foi. 8 % dos contaninados estavam trabalhando e mesmo assim desses . Porque um filho de Deus resolveu ir numa reuniãozinha e beber por 5 horas. Tem que fechar a aglomeração de festas e bebidas. Nao sei da onde tiram dinheiro e animo pra se juntar e beber por horas .... falta é Deus pra esse povo irresponsável.

  • por edson otaviano, em 23.03.2021 às 07:25

    estes seguimentos nunca fecharam desde o inicio da pandemia e tem mais sera que o governador vai fechar as mineradoras dele? fica ai minha pergunta no ar! fechamento do comercio ja ficou mais doque provado que não resolve, esse povo esta perdido.

  • por Dilvina, em 22.03.2021 às 19:01

    Tem q fechar tdo...paralisar tdo...ñ deixar nada aberto...o povo tem q ter vergonha na cara...alguns saem, bebem...bebam mais ficam em casa, sem tumultuar

  • por Silvana, em 22.03.2021 às 16:43

    Duro e isso esperar enquanto a maioria dos Estados já está já começaram aqui não está caótica a situação e vão esperar ainda

  • por Luana Suellen Souza Bornaghi, em 22.03.2021 às 16:41

    Sério mesmo? A única coisa que não é essência é as igrejas ?!? Mercados delivery, pois são os que mais aglomeram. Ou com limite de pessoas realmente fiscalizados.. tanta tecnologia e nessas horas não funciona?!!? Postos do da BR, não vai poder sair mesmo! Farmácia abertas em período determinado e rodízio de plantão. Vamos levar a sério, quando mais demoramos, mais ela continua ... já fez um ano e os dados só aumenta, vocês já prestaram atenção nisso?

  • por Dias, em 22.03.2021 às 15:42

    Deveria fechar tudo, abrir só área da saúde. Ter barreira sanitária na entrada da cidade, ninguém entra ou sai da cidade sem passar pela barreira sanitária. Ninguém entra sem colher o cotonete ou apresentar exames recentes do PCR-RT. Aí eu vejo resultado, aí é lockdown. O vírus é trazido por viajantes vindo de regiões contaminadas, principalmente com as novas variantes.

  • por Jota, em 22.03.2021 às 15:29

    Diante de uma população tão irresponsável, só resta o lockdown pra salvar vidas.

 
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