Jornal Oeste

Em mais uma sessão extraordinária, realizada na data de hoje, 02.03, os vereadores da Câmara Municipal de Cáceres aprovaram crédito adicional especial em favor da Secretaria de Esporte e Lazer, no valor de 2.871.295,31, para a conclusão do Centro de Iniciação ao Esporte – CIE, obra parada desde 2019. Desse valor,  R$ 1.636.295,31 são recursos federais que já estavam nas contas do Município, e R$ 1.235.000,00 de recursos próprios, necessários para que Cáceres não tenha que devolver quase 4 milhões de reais.

“Esse é mais um daqueles recursos que a gestão anterior deixou em caixa, porém, completamente comprometido. Aliás, não deveria ter deixado em caixa, e sim, concluído o CIE, porque o convênio de 2014 vence agora no fim de 2021. Se não for concluído, Cáceres terá que devolver os quase 4 milhões recebidos do Governo Federal. Fora que, se estivesse pronto, seria um ambiente adequado para ajudar nas ações de saúde que estamos precisando” revela o vereador Cézare Pastorello (SD).

Lido na sessão do dia 22, estava pronto para ser votado na sessão de ontem, dia 1º porém, foi retirado de pauta por um pedido de vista do vereador Flávio Negação (DEM), que se apressou, em menos de 12 horas, em devolver o projeto, reconhecendo a urgência da necessidade de aprovação do crédito adicional e retomada das obras. Para o vereador Manga Rosa (PSB), com forte atuação na área do esporte, o CIE ficará concluído em boa hora, com a esperança de todos já estarmos vacinados e prontos para iniciar a juventude no esporte.

Por conta da urgência a Câmara Municipal se reuniu, extraordinariamente, às 13h deste dia 02.03 e o crédito foi aprovado por unanimidade e segue para sanção.

Espólio

Na cerimônia de posse da prefeita Eliene Liberato (PSB) e dos vereadores de Cáceres, o ex-prefeito Francis Maris Cruz fez questão de dizer que pegou a prefeitura com dívidas e estava entregando, agora, com mais de 30 milhões de reais em caixa. Porém, desde janeiro têm sido aprovados projetos de créditos adicionais pela Câmara Municipal, porque a disponibilidade em caixa é incompatível com os compromissos que precisavam estar empenhados, como a conclusão do CIE e o pagamento dos salários dos servidores interinos, que a gestão anterior reteve nos meses de abril, maio, junho e julho. Só dos interinos foi pago mais de 1 milhão de reais.

Outros recursos em caixa também sobraram porque não foram usados na forma certa. Entre eles os recursos do PNAE, Programa Nacional de Alimentação Escolar, que só foi usado uma única vez para distribuição de kits de merenda. Os recursos federais foram recebidos todos os meses.