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27/02/2021 - 09:25

Policia Civil entra no caso do sumiço de pedreiro em Cáceres

Por Diário de Cáceres/Clarice Helena Navarro

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
Responsável pelo inquérito que apura a denúncia do desaparecimento do pedreiro Rubson Faria dos Santos, em Cáceres (ocorrido em 29 de janeiro ( relembre os fatos no final da matéria), o delegado Wilson Souza Santos afirmou ao Diário de Cáceres que vai solicitar à Corregedoria da Polícia Militar, cópia dos depoimentos dos seis policiais militares denunciados no caso. "É fundamental ter conhecimento da versão apresentada por eles".

"Desde a instauração do inquérito pela Polícia Civil, colhemos os depoimentos das testemunhas, no caso vários vizinhos. E a versão é a mesma: os policiais entraram na casa de Rubson, foram ouvidos gritos de socorro, e o pedreiro foi retirado do local desacordado. Depois, nunca mais foi visto"- informa o delegado, que também está aguardando o laudo da Polícia Técnica (Politec), da perícia feita na viatura que transportou o pedreiro. A Politec concluiu a perícia e devolveu a viatura à PM no dia 8 de fevereiro, e o prazo para emissão do laudo é de 30 dias a partir da conclusão.
  
                                                       Cáceres pergunta: onde está Rubson?


      
Sobre o trajeto percorrido pela viatura, através do monitoramento do GPS, o delegado afirmou que espera o relatório detalhado, e que provavelmente tenha isso em mãos em breve.

"Sabemos até agora que a viatura saiu do bairro Empa e circulou em áreas como o bairro Santa Rosa, que fica logo após o final da rua das Maravilhas, e também entre os bairros D. Máximo, Cohab Nova, Jardim Padre Paulo, em percursos periféricos, fora da área urbana. Sabemos que no bairro Santa Rosa a viatura parou por dois a três minutos. O relatório completo deverá trazer o trajeto em detalhes".

Cobrado diariamente por familiares e por entidades como a OAB, através da Comissão de Direitos Humanos, o delegado afirma que as investigações não param, "mas dependem de documentos e laudos que já foram ou estão sendo solicitados. A família e a população de Cáceres querem uma resposta e estamos trabalhando para obtê-la".

Os seis policiais denunciados foram afastados de suas funções, estando exercendo funções administrativas dentro do quartel da PM em Cáceres. A Polícia Militar instaurou o Inquérito Policial Militar que tem o prazo de 60 dias, prorrogável por mais 30 dias, para ser concluído. 
 
Desaparecimento: relembre a notícia

A família de um pedreiro de 28 anos registrou uma denúncia informando que Rubson Farias dos Santos foi espancado por policiais militares, do setor de Gratificação de Atividade Policial Militar (GAP), e retirado de casa inconsciente na última sexta-feira (29), no bairro Jardim das Oliveiras (Empa)em Cáceres, a 220 km de Cuiabá. Desde então, o jovem está desaparecido.

O 6º Comando Regional de Cáceres informou, em nota, que foi aberto um inquérito policial militar para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ação. O procedimento está em andamento e é acompanhado pela Corregedoria da PM.

A Polícia Civil informou que não consta nenhum registro de prisão de Rubson em delegacias de Cáceres. Ainda segundo a Civil, o único registro de ocorrência recebido em nome da vítima foi feito pela mulher dele sobre a ação dos policiais militares.

A mulher de Rubson, Sidneia de Oliveira, conta que, na quinta-feira (28), ela e o marido foram abordados pela polícia por causa de um carro que compraram há cerca de 15 dias por R$ 900.



De acordo com a PM, o veículo tinha registro de roubo e que, por isso, foi encaminhado à delegacia, assim como Rubson.
 
“Compramos um carro velho para andar na cidade, não sabíamos que era roubado, só sabíamos que estava com a documentação atrasada. A polícia disse que precisava levar o carro porque era roubado, então falamos que tudo bem. Nesse dia foi tranquilo, não encostaram um dedo nele. Logo depois, pagamos a fiança e ele foi liberado”, explicou Sidneia.
 
No entanto, um dia após o registro dessa ocorrência, conforme contou a família, a polícia invadiu a casa onde moram para prender Rubson. Segundo Sidneia, o marido foi espancado pelos policiais na frente do filho de 12 anos.
 
“Ele saiu inconsciente. Não sei se saiu vivo de casa. Bateram muito nele, depois apagaram as luzes e o levaram. Não disseram o motivo. Procuramos vários lugares, mas não consta que ele passou na delegacia, na cadeia, nos hospitais. Ninguém dá informação, ninguém fala nada. Estou desesperada”, relatou.

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10 comentários

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  • por Anônima, em 07.03.2021 às 11:21

    Tem de investigar tem policiais despreparados tem um tal de sub Santos muito abusado ,se acha o bam bam . Eu falo pq já tive situações com ele ... Tentou usar o poder que não competi a ele p me intimidar .denunciei ele na delegacia da mulher ....aguardo decorrer do processo

  • por Cacerense nato, em 28.02.2021 às 14:13

    Aguardamos uma resposta das autoridades pois a população cacerense não pode ter medo da polícia, instituição que é paga para proteger a população, é claro que temos bons policiais e educados e uma meia dúzia de maus policiais não podem manchar esta gloriosa instituição de segurança pública.

  • por Joaquim Pereira, em 28.02.2021 às 13:04

    Infelizmente vivemos em uma área de fronteira dominada por marginal. A prova mais lúcida disso são os constantes comentários feitos com os objetivos de desviar as investigações e transformar bandidos ,traficantes ,donos de boca de fumo ,receptores de carros roubados ,mulas do tráfico e outros marginal em vítima ....Ninguém tece um pio quando esses bandidos mata um.trabalhador pai de família ou deixa um cidadão honesto a pe com cinquenta carne de prestação para pagar.

  • por Raphael, em 27.02.2021 às 18:02

    O Adilson já resolveu o problema, Delegado, liga pra ele.

  • por Maria Consilha De Meo Carvalho, em 27.02.2021 às 15:27

    Se fosse em outro país esses tais policiais já tinha dado conta desse homem,não importa o que ele fez,mas ninguém tem esse direito .policia tem o dever de prender,matar só se for por legítima defesa.O pior que o salário desses criminosos estão sendo pago por nós

  • por RICADO SILVA, em 27.02.2021 às 12:55

    Palhaçada desta justiça SAFADA coko assim some com cidadão e fica por isso mesmo.senta a borracha nestes psedo. Policiais faz dar conta do rspaz .

  • por Alberto, em 27.02.2021 às 12:54

    Policiais despreparados. Tem que apurar, e se confirmado, colocar todos na cadeia. Pobre Brasil do ódio.

  • por ademilson, em 27.02.2021 às 12:21

    Pitaco elucidando o crime fator motivador fiet uno de cor azul autoria policiais militares da ocorrencia pois o individuo tava na custodia crime homicidio doloso com ocultacao de cadaver local desconhecido possivelmente mata ou rio objeto do crime arma fria mandante provavelmente dono do veiculo caso encerrado na fase inicial.

  • por Maria, em 27.02.2021 às 11:21

    Eu admiro muito por parte do comandante não ter apresentado a resposta aos familiares pq será que ele não já fez isso se fosse um cívil no lugar desse s que usam a farda para intimidar as pessoas pq pra dar segurança não é isso eles já deixaram bem claro, agora com esse delegado de. Wilson teremos a certeza que ele sim irá mostrar e que o delegado peça a prisão de todos e condene com direitos a perda da farda.

  • por ademilson, em 27.02.2021 às 10:10

    Pitaco fazer o indiciamento por homicidio com o agravante ocutacao de cadaver e ate mesmo invasao de domicilio a chance de encontrar com vida e zero com respeito a familia ou ele virou comida de peixe ou foi enterrado em um local de mata de dificil acesso de o direito da ampla defesa e manda pro julgamento si aparecer o cadaver coloca como prova material

 
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