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12/02/2021 - 16:02

Theatro Fúria desembarca em Cáceres no mês de março com laboratório de 'desanestesiar' sentidos

Por Assessoria

Assessoria

 (Crédito: Assessoria)
Será que você está vendo sua cidade com a percepção que ela, mas sobretudo você merece? Um projeto de intervenção urbana que dialoga com as artes cênicas e o patrimônio histórico e cultural de quatro cidades de Mato Grosso pretende mudar a maneira como você enxerga o mundo. 

Como? Conduzindo os participantes por um exercício contínuo de “desanestesiar” os sentidos. Idealizado pelo Theatro Fúria, o “Laboratório Prático do Desanestesiamento dos Sentidos” começa em Chapada dos Guimarães, onde será realizado entre os dias 19 e 21 de fevereiro. 

Na sequência, desembarcam em Cáceres, onde ficam entre os dias 5 e 7 de março. No mesmo mês, de 19 a 21 estarão em Cuiabá e por fim, chegam a Poconé, onde o projeto será realizado entre os dias 26 e 28 de março. Para se inscrever, basta acessar o site do Theatro Fúria (www.theatrofuria.com). 

A oficina para “desanestesiar” os sentidos é gratuita e voltada ao público adulto e profissionais de várias áreas do patrimônio, como historiadores, arquitetos, guias e sociólogos, por exemplo. 

A idealizadora do projeto, Carolina Argenta que atua ao lado de Péricles Anarckos no Theatro Fúria – ambos são diretores e atores de teatro – conta que ele foi realizado experimentalmente nos anos de 2019 – com alunos da MT Escola de Teatro – e em 2020, foi aprimorado no projeto de residência artística Arvinte. O patrimônio histórico de Parnaíba, no Piauí, também foi cenário de imersão.    

Ela explica que para compor a rota de circulação foram escolhidas cidades que possuem riqueza histórico-patrimonial. “E além disso, onde sabemos que há interesse em roteiro cultural”. Segundo Carolina Argenta, ao longo do trajeto programado para cada cidade, os participantes são estimulados a se integrar ao cenário, despertando a autoestima e identificação com o local onde se habita. 

“Nas primeiras duas imersões, ao final, nos surpreendemos com relatos de ‘redescobertas’. Somos educados e treinados desde a infância para anestesiar os nossos sentidos e empobrecer as nossas percepções em relação ao mundo que vivemos e a nós próprios. É isso que o laboratório quer mudar”. 

Péricles reforça que mais do que um laboratório de experiência visando as sugestões de exercícios diários para readquirir os nossos sentidos perdidos, este é um laboratório prático. 

“Parece muito sensorial, mas ao explorar a arquitetura e ecologia urbana, a história do local, seus personagens mais marcantes e as pessoas que o habitam, nossos sentidos ficam em alerta. Percebemos que podemos deixar de ser ‘forasteiros’ na nossa própria cidade”. Na condução dos participantes a dupla do Theatro Fúria respeita a cultura local e o ponto de vista pessoal de cada participante, que eles preferem chamar “intercambiador”. 

“O Laboratório Prático do Desanestesiamento dos Sentidos é uma ferramenta preciosa para formar o que o Theatro Fúria chama de Desenvolvimento das Bolhas Afetivas. Não com a intenção de separar, mas de proteger. Não se escondendo das turbulências, mas percebendo as existências”. 

Começa com uma palestra a respeito do anestesiamento dos sentidos, - especialmente os da visão e o da audição - como isso acontece, quando e porquê. Na sequência, os participantes vão para a rua para experimentar modos de como desanestesiar os sentidos perdidos. Um documentário registra os “encontros”.     

A nova fase do projeto foi selecionada no edital MT Nascentes do Governo de Mato Grosso por meio de sua Secretaria de Estado de Cultura, Esportes, e Lazer (Secel-MT) com recursos da Lei Aldir Blanc, implementada pelo Governo Federal via Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo. 

“O projeto de circulação amplia o alcance dos recursos, contemplando ainda mais mato-grossenses com atividade de formação gratuita e neste caso, que podem incluir ainda, pessoas interessadas em roteiro turístico. As cidades vão se agitar com a chegada do Theatro Fúria”, diverte-se o secretário estadual, Beto Machado. 

Integram a equipe do projeto, Juliana Queiroz (fotografia), Ana Carolina de Mello (cinegrafista) e João Régis (edição de vídeo). 

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