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10/12/2009 - 00:00

Grevistas do TJ decidem manter paralisação

Por Jornal Oeste

Mariane de Oliveira Da Redação Servidores do Poder Judiciário decidiram manter a greve, que já dura 22 dias, mesmo com a determinação do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Mariano Alonso Travassos, que ordenou aos diretores dos fóruns que cortem o ponto dos grevistas e demitam os estagiários e funcionários contratados que aderirem ao movimento. Para impedir o corte de ponto e as demissões, o sindicato dos servidores (Sinjusmat) protocolou ontem no TJ um mandado de segurança, que será relatado pelo desembargador Donato Fortunato Ojeda. A ordem de cortar os pontos dos grevistas foi divulgada na sexta-feira, na intranet do Poder Judiciário. A decisão de manter a paralisação saiu em assembléia geral realizada ontem pela categoria, na frente do Fórum de Cuiabá. Na segunda e terça-feira foi feriado para os servidores do Poder Judiciário. "Eu quero deixar claro que esta é uma decisão coletiva, não é minha. O sindicato acata a decisão da maioria", disse o presidente do Sinjusmat, Rosenval Rodrigues, ao ressaltar que a decisão da assembléia foi unânime. Rosenval informou que os servidores estão respaldados em decisão do desembargador Jurandir de Lima que, em medida judicial protocolada no TJ pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, decidiu que a greve é legítima. Para o desembargador Jurandir de Lima, não há afronta à Constituição Federal porque, "dentre as pretensões da categoria, há aqueles que já foram objeto de decisão do Tribunal de Justiça, que reconheceu seus direitos". Ao final da decisão, o desembargador observou que os serviços essenciais de urgência, que garantem a continuidade da prestação de serviços à população, não foram afetados. Os servidores do Poder Judiciário devem realizar nova assembléia na próxima semana para decidir se vão suspender a greve durante o recesso, que começa no próximo dia 19 e termina em 6 de janeiro, período no qual os prazos processuais são suspensos. De hoje até o início do recesso forense, Mato Grosso terá que conviver com mais nove dias de greve no Poder Judiciário.
 
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