Jornal Oeste

BRUNO GARCIA MIDIANEWS A previsão inicial de chamar, de imediato, todos os aprovados no concurso público do Estado não será mais cumprida. O governador Blairo Maggi disse, durante entrevista coletiva, nesta quarta-feira (9), no Palácio Paiaguás, que os aprovados em cargos com mais de uma fase de avaliação, provavelmente, só serão chamados no final de 2010 ou começo de 2011, devido ao processo eleitoral. "A meta de chamar quase todos assim que aprovados não deverá ser cumprida", declarou, ao lembrar que, para os cargos que não têm outras fases, o cronograma será mantido. No caso, a previsão é de que sejam chamados na seqüência da divulgação dos aprovados. O concurso abrirá vaga mais de 10 mil vagas na máquina pública estadual. Entre os cargos que possuem mais de uma fase estão aqueles com necessidade de avaliação física, como delegado, investigador e escrivão da Polícia Civil, soldado da Polícia Militar, soldado do Corpo de Bombeiros, entre outros. Além disso, outros cargos apresentam fases como avaliação da vida pregressa do candidato, investigação social, exame de sanidade física e mental, entre outros. Provas Maggi informou que o Estado irá assumir algumas questões referentes à aplicação da prova do concurso público. Como, por exemplo, a seleção e treinamento dos coordenadores e fiscais de prova. A idéia é que essas funções sejam desempenhadas por servidores públicos, por meio de trabalho voluntário. Especialmente de pessoas ligadas às Secretarias de Segurança Pública e de Educação. As vagas de coordenadores serão ocupadas por oficiais da Polícia Militar, oficiais do Corpo de Bombeiros e defensores públicos. Todos passarão por um treinamento, que será coordenado pelo comitê criado especialmente para acompanhar o andamento do concurso. "Vamos lançar um cadastro para que os servidores se voluntariem. Outros serão convocados", disse Maggi, durante entrevista, quando revelou que houve vazamentos das provas que seriam aplicadas em novembro passado e que levaram ao cancelamento dos exames. Dívidas A respeito da dívida com o pessoal que trabalhou na fiscalização no último dia 22, Maggi afirmou que trata-se de uma questão a ser resolvida pela Unemat. "O que é dívida tem que ser pago. Acredito que a Unemat deva cumprir com seus compromissos", disse. Sobre o ressarcimento de alguns candidatos que vieram de outras cidades e/ou Estados para realizar a prova e sentiram lesados, o Ministério Público Estadual (MPE) os orientou a entrarem na Justiça, por se tratar de um direito individual disponível. "Acredito que quem fizer isso vai receber o dinheiro de volta", disse Maggi.