Jornal Oeste

Da Redação Os 1.219 agentes prisionais que atendem no sistema penitenciário de Mato Grosso deflagraram greve na última quinta-feira, após uma reunião realizada pela manhã com a Secretaria de Estado de Administração (SAD). Eles reivindicam que a SAD envie à Assembléia Legislativa (AL) um projeto de lei orgânica da categoria com o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). O indicativo de greve já havia sido votado há uma semana. A SAD já havia se comprometido a formular o projeto de lei orgânica, quando assinou um acordo com os agentes em 2007, mas esse acordo estipulava que eles não poderiam pleitear nenhum aumento até 2010, e alegou isso ao se recusar a incluir no projeto o PCCS da categoria. O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de Mato Grosso (Sindsspris), João Batista Pereira de Souza, afirmou que o secretário de Administração Geraldo de Vitto se mostrou irredutível. “A SAD aceita discutir adicional noturno, jornada extra de trabalho e outras situações, mas não aceita discutir o aumento salarial como nós queremos~. A greve foi decidida por unanimidade. Em Cáceres, o comando de greve distribui um comunicado {a imprensa local, informando que seriam mantidos atendimentos essenciais aos detentos, como fornecimento de alimentação, atendimento de serviços de saúde aos presos (de urgência), cumprimento de alvarás de soltura. E que estariam suspensos serviços como expedição de carteiras de visitantes, fornecimento de atestados carcerários, atendimento aos advogados, entrega de materiais aos reeducandos (o jumbo), e as visitas de quartas-feiras e domingos. Na Cadeia Pública de Cáceres, que tem capacidade para abrigar 232 detentos, estão presos hoje 388. No local, trabalham 55 agentes, sendo 45 efetivos e 10 contratados. Apenas os efetivos entraram em greve.