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05/11/2020 - 08:20

Estudantes de Medicina exigem retorno das atividades para auxiliar durante pandemia

Por Izabelle Borges – Especial para o GD

Gazeta Digital

 (Crédito: Gazeta Digital)
Estudantes de medicina da Unemat e UFMT protestam contra o descaso das universidades em ofertar o retorno do internato para as turmas. Segundo eles, os estudantes estão parados e poderiam estar ajudando na mão de obra da saúde dos munícipios de Cuiabá e Cáceres, respectivamente, durante a pandemia.

Enquanto a Unemat possui o curso de medicina em Cáceres, a UFMT oferta a opção em Cuiabá, Sinop e Rondonópolis.

As instituições de ensino público paralisaram as atividades no início da pandemia, em março de 2020, e desde então, apenas atividades de Ensino a distância (EAD) retornaram, porém, no caso dos estudantes de medicina é necessária a liberação e trâmite para efetuar as atividades presenciais.

Em nota, o Centro Acadêmico XII de Abril, representante dos estudantes de medicina da UFMT – Campus Cuiabá, demonstrou repúdio quanto à situação da falta do internato. Além disso, solicitaram o retorno das atividades do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) “em sua função de hospital de ensino e principal campo de prática da faculdade de medicina da UFMT – Campus Cuiabá”.
 
Os alunos alegam que universidade é a única da Baixada Cuiabana a não retornar às atividades presenciais e estaria causando danos à população. “É descomedido o prejuízo aos alunos e à população mato-grossense ao se manter vagas públicas ociosas por tanto tempo, sobretudo porque Mato Grosso é um estado carente de profissionais médicos”, declaram.

Segundo os estudantes da UFMT, as reclamações foram ouvidas e o HUJM se comprometeu a ofertar o retorno para os internos a partir do próximo dia 23.

Na Unemat, o estudante Bruno Henrique, 34, relata que a volta seria benéfica para a população de Cáceres, nesse momento em que a saúde está precária. “A gente voltar é bom pra todo mundo, né?”, diz. Segundo informações, após várias tentativas, a universidade ouviu os acadêmicos depois do protesto pacífico na manhã de quarta-feira (4).

Os alunos do 4º e 5º aproveitaram a oportunidade de uma reunião para movimentar e chamar a atenção para o problema, mas respeitando todas as normas de cuidados, utilizando máscaras e mantendo distanciamento social.

Após conversar com os manifestantes, a reitoria disse que os estudantes precisariam organizar documentos, juntamente à coordenação, para levar à uma reunião que acontecerá em dezembro.

Em conversa com a reitoria da Unemat explica que somente foram retomadas as atividades não presenciais, buscando a segurança dos alunos, e as presenciais, para retorno, necessitam de uma tramitação feita pelos cursos. A equipe de reportagem entrou em contato com a coordenação do curso de Medicina da Unemat, responsável pelos tramites, e não obteve resposta.

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11 comentários

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  • por Jonas Farias, em 06.11.2020 às 14:09

    Ver alunos da Unemat fazendo manifestação dessa magnitudes em favor da sociedade que financia os custos operacionais dessa universidade é algo digno do Guinness book. Vai matar a turma grevista e os esquerdistas caviar de coração. Essa pandemia. ...é , essa pandemia mudou tudo ou deve ser a concretização do socialismo do século XXl rs.rs.rs. De qualquer formas : Parabéns aos alunos por exercer seus direitos.

  • por Maria Luiza, em 06.11.2020 às 12:25

    Rodrigues, a pergunta que não quer calar é: qual o papel de universidade pública não apenas na pandemia, mas sempre. Quais contribuições a universidade pública traz para a cidade, depois de todos esses anos? Criada a partir dos cursos de licenciatura, o que a educação de Cáceres tem para mostrar? Um Ideb municipal de 5,1? Quando a universidade cobrou firmemente a melhoria da educação na cidade? Qual contribuição da faculdade de medicina para a saúde pública da região? Depois, os senhores da torre do castelo reclamam quando são cobrados.

  • por Magalhães - servidor público, em 06.11.2020 às 09:05

    Chamar alunos da Unemat de mercenários apenas porque querem estudar para contribuir com a saúde do país é algo que beira a loucura extrema. Sinto vergonha alheia nesse momentos.

  • por Rodrigues, em 06.11.2020 às 08:56

    Senhor Zezão e senhora Sandra Calixto fontes,Desculpe fazer uma nobre pergunta aos senhores.Qual é o papel de uma universidade ,diga - se: Um centro de elite do conhecimento diante de uma pandemia? Quantos milhões do dinheiro público é gasto por mês para custear e manter uma instituição desse porte parado a mais de oito meses? Então ficamos assim :se essa instituição não tem capacidade de fazer um plano de distanciamento social e adquirir equipamento de segurança para ministrar suas aulas. Como fica a situação dos pessoas que trabalha em supermercados, farmácias ,açougues ,padarias e na área de saúde que não parou um dia sequer diante dessa pandemia. Ofensa gratuita tipo :lambe botas ,liberalzinho pobre e bosolnarista é típico dessa gente que mente a si mesmo para manter seus alto salários as custas da socialização da miséria humana.Uma coisa toda sociedade aprendeu com essa pandemia . uma parcela bem expressiva desse povinho que vivem pautando em favor do nada que leva a lugar nenhum só adora alunos carregadores de bandeiras . Visto que: são esses inocentes úteis que mantém seus altos salários e suas estadias em viagem para os centros mundiais capitalistas que tantos odeia nos discursos .

  • por Zezão, em 06.11.2020 às 07:19

    Sr. Rodrigues, ninguém quer ser dono de nada. É admirável ver que uma instituição de ensino, dita de nível superior, com as pessoas mais capacitadas da cidade, pelo menos deveria ser, pois passaram em um vestibular bastante concorrido, quer voltar as aulas presenciais. Precisamos exportar esses intelectuais para a Europa, pois aqueles paises atrasados decretaram novamente o lockdown como forma de evitar a disseminação da pandemia. Aí, em Cáceres, o fim do mundo (prá não dizer o nome da parte do corpo humano cultuado por muitos) resolvem que não tem problema retornar as atividades....Me poupem....Não consigo acompanhar esse nível.

  • por Sandra Calixto Fontes, em 05.11.2020 às 19:17

    Esse Rodrigues é o típico liberalzinho pobre, lambe botas de rico e Bolsonorista. Não gosta de professores e da ciência. Vai para os EUA e leve os estudantes mercenários da UNEMAT. Lá eles vão te tratar bem.

  • por Maurício, em 05.11.2020 às 12:36

    Se os alunos terão emprego longe de Cáceres, certamente a culpa não é deles. Quem prometeu que a faculdade de medicina seria uma grande conquista para a cidade não foram eles. Cabe à universidade, que é pública e sustentada por toda sociedade, lembrar de seu papel social. E cabe aos líderes políticos da cidade exigir que a universidade cumpra seu papel. Quantos programas, estudos, projetos não poderiam ser aplicados em Cáceres e região, melhorando sensivelmente a qualidade da saúde da população pobre, sobretudo no aspecto preventivo? Mas, isso é pedir demais das instituições brasileiras e dos líderes da cidade. Basta lembrar da retirada do consórcio sob promessa de uma melhora incrível da saúde pública. Vamos é continuar assistindo os alunos virem, estudarem e irem embora. Basta lembrar que a universidade pública tem dezenas de cursos na área da educação e o idebinho municipal é de 5,1.

  • por Ricardo, em 05.11.2020 às 11:41

    Falou tudo, Rodrigues Santos Aguiar.!

  • por Rodrigues Santos Aguiar, em 05.11.2020 às 11:12

    É cada pensamento bairrista e desprovido de senso critico que fico a pensar:certo escriba pensa que está morando nas suas fantasias esquerdistas lunáticas a ponto de querer ser dono dos médicos ,do seu trabalhos , do seus conhecimentos e dos seus salários como se Cáceres MT fosse uma ilha chamada Cuba.

  • por Caio Costa, em 05.11.2020 às 10:04

    Na Unemat, o estudante Bruno Henrique, 34, relata que a volta seria benéfica para a população de Cáceres, nesse momento em que a saúde está precária. “A gente voltar é bom pra todo mundo, né?” SOCORRO QUANTO BENEFÍCIO Ai gente, sabemos pq eles querem voltar né, querem terminar logo pra dar o fora daqui, pq médico tem emprego garantido longe de Cáceres....!

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