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05/12/2009 - 00:00

Meio milhão de matogrossenses podem ter cirurgia de varizes pelo SUS

Por Jornal Oeste

Redação 24 HOras News Pelo menos meio milhão de mato-grossenses estão entre os primeiros brasileiros que podem vir a usar os benefícios do tratamento de varizes com a radiofrequência, por meio da rede pública estadual. Ainda este ano deve ser concluída a votação do projeto de lei 395/09, apresentado pelo deputado Wagner Ramos (PR) determinando que os órgãos de saúde disponibilizem tratamento de varizes por radiofrequência em toda rede pública de Mato Grosso pelo Sistema Único de Saúde (SUS) O projeto já recebeu parecer favorável da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, foi aprovada em plenário – em primeira votação – e passou a ser apreciada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação. É possível que antes do recesso seja apreciado em discussão final pelos deputados e encaminhados ao Governo para sanção. As varizes são causadas por diversos fatores, incluindo componentes hereditários, hormônios femininos e hábitos de vida. O benefício direto a meio milhão de habitantes,segundo o deputado, corresponde à média projetada por organismos de saúde – entre 15% e 20% – da população nacional afetada, calculada pela população do estado (2.854.642 habitantes) levantada pelo IBGE em 2007. “Convém lembrar que nosso projeto não fere a competência constitucional, uma vez que a própria Carta Magna determina a obrigação do Estado em cuidar e preservar a saúde da população”, observou Wagner Ramos. Segundo ele, em seu Artigo 24, Inciso XII, a constituição define especificamente a competência concorrente do Estado em legislar sobre assuntos quem envolvam a proteção e a defesa da saúde. O tratamento de varizes por meio de radiofrequência já vinha sendo utilizado no Brasil e foi lançado oficialmente durante o Congresso Internacional de Cirurgia Endovascular que aconteceu em abril deste ano, em São Paulo. A técnica beneficia especialmente os pacientes com varizes graves, em que a doença pode provocar alterações na pele, nas articulações e até trombose. A radiofreqüência usa o mesmo princípio do laser e gera calor, mas esse aquecimento é imperceptível para o paciente. Também, não queima a pele, tem pouco risco de complicação e a recuperação é mais rápida, segundo especialistas. Entre as vantagens estão menos sangramento durante o procedimento, menos dor, menos inchaço na região e redução do pós-operatório – de 30 dias para cinco dias.
 
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