Jornal Oeste

A política é arte do diálogo e da articulação. Por ocasião da pré-campanha para prefeito de Cáceres, quando havia quinze pretendes a prefeitura, a vice-prefeita Eliene Liberato Dias (PSB), mostrou competência ao conquistar apoio de 14 partidos para concorrer a prefeito no dia 15 de novembro próximo. Ela dialogou com todos os partidos e suas lideranças e no final utilizou da experiência e conseguir convencer líderes de partidos em nível estadual sobre a consistência do seu projeto. Superou desavenças e disputas políticas passadas, ao juntar em sua base figuras como os ex-prefeitos Túlio Fontes (PV) e Ricardo Henry (PP) e o deputado federal doutor Leonardo do Solidariedade do critico vereador Cézare Pastorello. Além disso, convenceu o cardiologista Sérgio Arruda, o oftalmologista Odenilson Silva (Republicanos), Marcinho Lacera (MDB), e o ex-reitor da Unemat, Taisir Karin, que eram pré-candidatos a prefeitos, a apoia-la. Por não ter a mesma capacidade de Eliene, José Eduardo Torres (PSC) e Takao Nakamoto (PRTB) teve que ir de chapa pura, um fator desfavorável em uma campanha. Não pela falta de capacidade, mas por convicções ideológicas, o PT de James Cabral também vai para urnas com essa situação. O caso do PSDB de Paulo Donizete e do prefeito Francis Maris (PSDB), é diferente. Até um dia após a convenção que confirmou a chapa com Anelise Silva (DEM) como vice, Paulo Donizete, Beto Michellon e o prefeito Francis Maris (PSDB), tentaram o apoio de Túlio Fontes (PV), em um desespero e uma cara de pau jamais vista na história politica da cidade. Beto e Paulo, por serem marionetes do prefeito, não conseguiram o apoio de ninguém que não fosse o do DEM, imposto pelos Campos, Valdecir Rodrigues do Patriota, francista de carteirinha e dos paus mandados do PTB na Câmara de Vereadores. Mesmo com cinco vereadores, incluindo o presidente do legislativo Rubens Macedo, eles não tiveram força para impor o decano Masato Nakahara como vice na chapa de Paulo Donizete. Assim como PTB, Patriota e DEM foram de arrasto com Francis. Mal acabou a convenção e a máquina de fazer Fakenews entrou em ação. O foco desde então tem sido o mérito de Eliene. Para mim, chama-se despeito político de quem não tem e não teve capacidade de agregar e construir um projeto político viável. Coisa de gente pequena. Vou dar dois exemplos que ilustram o que estou dizendo. Dimelo ‘Rei do Fakenews’, passou um ano encostado em Takao Nakamoto PRTB pegando carona na onda Bolsonaro, atacando e chamando os políticos de Cáceres de ‘velha política’. Nas semanas que antecederam as convenções, ele e Takao, que também faz o mesmo discurso, pareciam cachorro que chupa caju verde, arrastando o c. no chão, atrás de Túlio Fontes (PV), depois que ele anunciou desistência. O segundo exemplo é meu peixe Beto Michellon. Tulista de pai, mãe e parteira, depois que virou guru de Paulo Donizete e não conseguir o apoio de ninguém entrou com a patroa, candidata a vereadora, na onda de dor de cotovelo, criticando a velha política. Túlio viu isso e lembrou chateado que sempre prestigiou a mãe de Beto e o próprio nas duas gestões. Eu me limitei a dizer que são coisas da política onde uma boa parte dos participantes perdem seus princípios.
 
Time
 
Tão logo acabaram as convenções os partidos de Cáceres partiram para a montagem da estrutura de campanha. Para variar, mais uma vez, a vice-prefeita Eliene Liberato Dias (PSB), saiu na frente. Reuniu os presidentes de partidos que aclamaram o ex-reitor da Unemat, Taisir Karin (PSD) como coordenador político geral da campanha. O vereador Claudio Henrique do PSDB de Paulo Donizete e Francis será o coordenador geral Administrativo/Financeiro. Eu fui convidado para o Marketing e o vice-presidente do meu partido, Alexandre Quida, dará apoio a Assessoria Jurídica. Por conta da minha participação direta na campanha, Alexandre passa a presidir e representar o PDT no Conselho Político da Campanha. A parte Contábil está a cargo da equipe liderada por Enézio Mariano do PROS. Mostrando visão, Eliene contratou os melhores e mais experientes profissionais de comunicação da cidade para cuidar da propaganda eleitoral. A campanha começa dia 27, e desta feita não haverá programa eleitoral para vereador. Diariamente serão apenas os candidatos a prefeito. Os candidatos a vereador terão apenas inserções durante a programação das emissoras de radio e teve.
 
Desenho
 
Infelizmente não posso mostrar por se tratar de sondagens feitas para consumo interno. Tão logo foram definidas as cinco candidaturas em Cáceres, foram feitas pelo whatsapp duas medições em relação aos nomes aprovados em convenção. O resultado confirmar minha tese de polarização das duas maiores forças políticas da cidade e mostrou um embate interessante entre petistas e bolsonaristas. Inclusive informei o fenômeno a James Cabral. Até o final da campanha muita coisa deve acontecer, porém se seguir o que vi nas pesquisas, já dá para ver o ganhador e o lanterna.
 
Vereadores
 
Assim como é possível vislumbrar o cenário para prefeito, também já dá para avaliar de onde podem vir os vereadores eleitos. Em minha opinião, que fique claro, o PT, PRTB e PSC fazem no mínimo um vereador cada. O bloco do prefeito Francis Maris, com PTB, DEM e PSDB deve fazer quatro vereadores, dois do PSDB, um do PTB e outro do DEM. Os oito restantes sairão do bloco de apoio à vice-prefeita Eliene Liberato Dias (PSB). O partido dela, o PSB, fará no mínimo dois vereadores. O Republicanos de Odenilson Silva faz no mínimo um, assim como o Cidadania de Nilson Magalhães. PV e Solidariedade também fazem no mínimo, um cada. As duas vagas restantes serão disputadas por candidatos do PDT, Podemos, MDB, PV, PROS, PSD, PSL, PP e Avante. Caso não consigam fazer o quociente, essas vagas podem ir para o PSB e o Republicanos. Este ano serão 200 candidatos a vereador em Cáceres, dois quais 150 estão com Eliene.
 
Senador
 
A campanha municipal deste ano terá um fato curioso. Os comitês serão divididos pelos candidatos a senador. Em Cáceres, o bloco de apoio a Eliene (PSB), terá os candidatos a senador, Euclides Ribeiro (Avante), Carlo Fávaro (PSD), José Medeiros (Podemos) e Gisela Simona (PROS). Já Paulo Donizete de Francis vai com Nilson Leitão (PSDB) e tenente-coronel Rúbia Fernanda (Patriota). José Eduardo Torres (PSC) terá o rei do porco Reinaldo Messias, o mesmo de Takao Nakamoto do PRTB. O PT vai com o deputado estadual Valdir Barranco.