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04/12/2009 - 00:00

Jornal Expressão diz que falta de água pode impedir construção de 703 novas unidades habitacionais em Cáceres

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara JORNAL EXPRESSÃO A falta de água pode impedir a construção de 703 novas unidades habitacionais em Cáceres. A empresa LARC – Construção, Comércio e Serviços Ltda pretende construir 488 casas populares no bairro Vila Real e a Lumem Construtora Ltda, 215 no bairro Jardim Guanabara. Porém, querem a garantia da administração de que os novos residenciais não serão afetados pela carência da distribuição do produto. As consultas foram feitas à prefeitura e encaminhadas a direção da Nortec, empresa responsável pelo gerenciamento e distribuição de água do município, que por sua vez adianta que o atual sistema não comporta um aumento acentuado de centenas de novas ligações. De acordo com o administrador técnico da Nortec, engenheiro João Carlos de Pinho Filho, o “Jango”, diante da falta de estrutura do atual sistema de captação e tratamento da SAEC (Serviço de Água e Esgoto do Município), para atender a demanda de centenas de novas ligações, como pleiteiam as empresas, será necessário a construção de uma nova rede de distribuição no município. E, sugere, inclusive, o local: “Somente a construção de uma nova rede de distribuição no cruzamento da rua Padre Cassemiro com a BR-070 até a rua José Pinto de Arruda, esquina com a rua dos Batuqueiros, entre os bairros São Luiz e Vila Real, resolveria o problema”, explica. O engenheiro defende a viabilização imediata de investimentos para adequar o sistema a atual realidade do município. Em reunião na Câmara, Jango afirmou que serão necessários recursos emergenciais na ordem de R$ 400 mil para substituição de, pelo menos, 1.800 metros de rede e, dessa forma, melhorar a captação e distribuição de água à população. Ele disse que o sistema entrou em “colapso” porque além do material desgastado da Estação de Tratamento, houve uma ampliação da rede, com realização de centenas de novas ligações, somente neste ano, sem que houvesse investimentos há décadas no setor. “Houve um crescimento de 940 novas ligações, passando de 16.899 para 17.839 ligações, sem que houvesse investimentos”, afirmou. Para resolver o problema, em médio prazo, conforme o engenheiro, serão necessários investimentos de R$ 5 milhões e R$ 10 milhões em longo prazo. Os recursos, sugere, seriam destinados a construção de uma nova estação de captação e, principalmente, o reordenamento da rede, com tubos e espessuras variadas. Um dos maiores problemas do atual sistema é o desperdício de água tratada. Conforme João Carlos a ETA distribuiu mensalmente 518 mil metros cúbicos e fatura apenas 248 mil metros cúbicos. “São 270 mil metros cúbicos desperdiçados por falta de hidrômetros, gatos, hidrômetros velhos e outros problemas”. Revela que 74% das 17.839 ligações são hidrometradas. Porém, segundo ele, a maioria dos hidrômetros não é confiável porque não marca corretamente. Apesar das dificuldades, o engenheiro anunciou melhorias e inovações no sistema. Adiantou que, no mês de janeiro estará entregando à administração o Plano Diretor da Água, que consiste em apontar soluções para os mais variados problemas. E, que nos próximos dias estará em funcionamento o reparador instantâneo de pavimento “Instant Pavi” que recupera no mesmo instante as aberturas no asfalto, durante consertos na rede. Anunciou ainda que no mês de fevereiro a empresa irá implantar em Cáceres o sistema de leitura através do processo Palm´s, um aparelho que realiza a leitura e emissão simultânea da conta. “O aparelho fará a aferição do hidrômetro na frente do proprietário. Uma forma de garantir a transparência da cobrança e até evitar desconfiança do consumidor”, assegura.
 
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