Jornal Oeste

Oliveira Júnior Cuiabá e Vila Aurora vão ter a honra de disputar domingo a última partida oficial da história do Verdão. Um estádio com nome de um governador, José Fragelli, inaugurado no mandato de outro, Garcia Neto, que em campo viu pela primeira vez, craques como Zico, Bife, Pastoril, Pelezinho e Rivelino, fechará seus portões com um futebol bem diferente; sem honrarias ou aplausos para nenhum dos três governantes, inclusive o atual, que deu origem a competição que agora se encerra. No dia 12 de março de 1975, Fluminense e Seleção de Cuiabá se enfrentaram na partida que comemorava a inauguração parcial das obras do estádio, quando na oportunidade a equipe de Cuiabá entrou para a história balançando pela primeira vez as redes do Verdão. No ano seguinte, 8 de abril, aniversário de cuiabá, o estádio era finamente concluído com a presença do Flamengo e um quadrangular entre os clubes da capital, Mixto, Operário e Dom Bosco, assistido por mais de 44 mil torcedores. O que pouca gente sabe é que para construir o Verdão, foi feita a alienação de dois milhões de hectares, na região de Aripuanã, através de um projeto aprovado pelo senado, que possibilitou a colonização de áreas onde hoje estão correspondem a cidades como Alta Floresta, Juína e Colniza. 80 % dos recursos obtidos com a venda da área, que correspondia a aproximadamente "quatro milhões de cruzeiros" foram usados na obra. Para construir o novo palco, serão necessário R$ 430 milhões.