Jornal Oeste

Quatro assuntos dominaram a cena política na semana que passou em Cáceres. O lançamento da pré-candidatura a prefeito do diretor da Águas do Pantanal, Paulo Donizete (PSDB) pelo prefeito Francis Maris (PSDB), sem duvida, foi o mais comentando. Porém, preciso dizer a vocês que isso é uma armação que vem sendo orquestrada há dias pelo secretário de Turismo, Junior Trindade, pasmem, que nem é filiado é ao PSDB. Ele conseguiu fazer a cabeça do procurador Bruno Cordova, de Paulo Donizete e dos secretários, Arli Monteiro e Eliane Batista, para convencerem o prefeito que eles precisam continuar na prefeitura na futura gestão da vice-prefeita Eliene Liberato Dias (PSB), para impedir que ela chame adversários para governar a partir do próximo mandato. O ‘sitiante’, foi mais além, e conseguiu articular para trocar a Sicmatur, sem grana, pela Águas do Pantanal, com orçamento anual de R$ 20 milhões. Tenho admiração pelo Paulo Donizete, mas ele tem tanto voto quanto eu para prefeito. Então, essa ‘armação’, é na verdade, para garantir ‘teta’ por pelo menos quatros anos. O racha é de mentirinha, viu.
 
Bom
 
Tenho que admitir, o ‘sitiante’ leva jeito para política ao estilo Pedro Henry. Para garantir ‘teta’ por mais quatro anos, até articulou uma chantagem com Eliene, ao procurar Adriano Silva (DEM), para lançar sua esposa como vice de Paulo Donizete. Outro blefe.
 
Xodó
 
Só para registrar. O ‘sitiante’, que é do PR, também foi o articulador da cassação do direito do vereador Claudio Henrique (PSDB), de disputar a reeleição. Burro, o partido vai precisar dos votos de Claudio. Além disso, ele poderá ingressar na Justiça e conseguir uma liminar para disputar a eleição. Vingança e ódio são coisas de gente pequena e sem caráter. Desnecessário, pois a lei do retorno é infalível.
 
Postura
 
Quatro membros do PSDB cacerense não apoiaram o afastamento de Claudio Henrique e o lançamento da pré-candidatura de Paulo Donizete, armada por Júnior Trindade. Marcos Ribeiro, Ronaldo Damacena (Iturama), Marco Antônio do Nascimento (Marcão) e o histórico Tato Giraldelli. Além de se posicionarem contra, criticaram a ingerência de Junior Trindade no PSDB.
 
Efeito
 
O lançamento da pré-candidatura de Paulo Donizete mexeu com o PDT de Cáceres. O partido deve se reunir nas próximas horas para discutir o lançamento da pré-candidatura a prefeito do vice-presidente do partido, o advogado Alexandre Quida. A ideia é colocar gás novo no processo.
 
Culatra
 
Deu efeito contrário à articulação dos vereadores do PTB de Cáceres, liderados pelo presidente da Câmara, Rubens Macedo. Mandaram uma consulta para sociedade organizada na esperança de arrumar um discurso convincente para sustentar a malandra ideia de reduzir de 15 para 11 vereadores na próxima legislatura. A cidade inteira já sabe que é uma armação para favorecer a reeleição de oitos dos autuais vereadores, governistas.
 
Insistência
 
Desmascarados, os vereadores do PTB agora tentam convencer que a mudança no número de vereadores não é uma redução, é um retorno ao número antigo, de 11 e que isso vai economizar R$ 1 milhão por ano. Só não dizem como, até porque eles não fizeram proposta de redução de salário e nem verba. Pelo contrário, com menos vereadores, no ano que vem eles podem subir a verba indenizatória, que hoje é R$ 4 mil, para R$ 8.500,00. Mas, a estratégia já foi desmascarada pela sociedade que quer ver esses vereadores fora da Câmara. Diversas entidades foram consultadas pelo PTB sob o pretexto de obter apoio para essa redução. A la Roberto Jefferson, a bancada do meu antigo partido que fazer a sociedade acreditar que eles são os bonzinhos da história. Mas, pelo que sei, nenhuma entidade consultada concorda com a redução do número de vereadores. Basta andar pela cidade abandonada que o que se vai ver é que precisa ter vereador que trabalhe não diminuir a quantidade.
 
Golpe
 
Partidos que tem 25 ou 30 pré-candidatos sonham com uma renovação, por isso colocam todos os nomes para participar, já que a atual chapa pode ter até 23 candidatos. Como o PTB não tem quadro, eles precisam que o número seja reduzido para 11, assim a chapa terá um máximo de 17. Ficam prejudicados os novos partidos e enterram a possibilidade de renovação. Só para imaginar. Se a proposta for aprovada, na próxima legislatura serão esses 11 vereadores do prefeito que estarão lá.