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23/05/2020 - 05:46

GLEBA PAIXÃO: Araputanga comemora 57 anos hoje, sem festa

Por Popular Online

Prefeitura Municipal de Araputanga

 (Crédito: Prefeitura Municipal de Araputanga)
O município de Araputanga (a 345 km de Cuiabá) arrecadou nos últimos três anos em média R$ 8.871,36 (Oito mil, oitocentos e setenta e um reais e trinta e seis centavos), por habitante, aos cofres públicos, conforme dados divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT).

De acordo com as informações, o município que possui 15.342 habitantes, dados do Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), arrecadou durante o período R$136.104.407,45 (Cento e trinta e seis milhões, cento e quatro mil, quatrocentos e sete reais e quarenta e cinco centavos).

Os números divulgados pelo TCE-MT, apontam motivos de sobra para que os araputanguenses comemorem os 57 anos do município neste sábado, 23 de maio. A data não será de festa devido ao momento de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), mas é celebrado com orgulho e gratidão pelos que aqui vivem.


O desenvolvimento construído com valores sólidos pela força das pessoas que que direto e indiretamente se dedicam para produzir riquezas, impulsionam o crescimento da cidade acolhedora, justa e solidária. Araputanga reúne, em seu entorno, os principais eventos e festejos comemorativos, a exemplo da festa à Nossa Senhora de Fátima, que é a padroeira da cidade. Tendo o Lago Azul como o principal cartão postal.

História

O território do município de Araputanga foi habitado por povos indígenas Bororó desde tempos imemoriais, que eram denominados pelos paulistas de índios Cabaçais.

Hoje, dos Bororó não se encontram descendentes no município, sendo que os remanescentes foram transferidos para a área indígena denominada Umutína, em Barra do Bugres.



O povoamento originou-se em função do movimento de colonização programada do governo estadual iniciado na década de quarenta.

O governo criou o Departamento de Terras e a Comissão de Planejamento e Produção - CPP.


O Estado vendia terras a preços irrisórios, por sua vez os compradores se comprometiam a abrir estradas e assentar infraestrutura para a colonização.

O próprio Estado participava dos trabalhos de colonização em alguns sítios, favorecendo a ocupação de vastas áreas ao redor. Um desses pontos de atuação da CPP foi Rio Branco.


A primeira escola começou a funcionar a 23 de março de 1.961. Foi construída com tabuinhas de mamica, nas proximidades da atual propriedade da família Chamava-se Escola Mista Rural da Gleba Paixão.

A vida desenvolvia-se em ritmo lento, pois tudo dependia do extrativismo vegetal e da agricultura. Também a localidade era servida apenas por uma única estrada, que ligava o lugar à região de Tabuleta com trecho de 42 quilômetros. Tabuleta ainda distanciava 60 quilômetros de Cáceres.

O primeiro Cruzeiro foi levantado em 1.962, a pedido do Frei Ênio Granja.

Logo depois construída a primeira capela, um rancho sem paredes, com cobertura, de tabuinhas.


A 23 de maio de 1.963, foi vendido o primeiro lote urbano. Ao povoado deu-se o nome de Gleba Paixão que perdurou durante anos. Esta denominação se devia ao fato dos pioneiros se apaixonarem pela riqueza natural do lugar. Era, assim, o segundo nome dado ao lugar, substituindo o de Ituinópolis.

A atual denominação faz referência a grande quantidade de mogno (também chamada de Araputanga) existente na região. Botanicamente, Araputanga é árvore classificada por King como swietenia macrophaylla.

Pelos anos de 1.965, foi instalado um distrito policial.

Em 29 de maio de 1.970 foi inaugurada a estrada ligando Araputanga à Cáceres. Na festa de inauguração o povo comemorou com um churrasco.

Em 1.975, foi inaugurada a primeira escola estadual de 1º grau, denominada João Sato. No ano seguinte foi inaugurado o primeiro Jardim da infância, na casa das irmãs de Nossa Senhora do Monte Calvário.

Em 1.975 foi fundada a Coopnoroeste, que iniciou suas atividades com compra, venda e beneficiamento de arroz com uma máquina de beneficiamento doada por uma sociedade beneficente da Bélgica. Em 1981 a cooperativa passou a coletar leite de toda a região e industrializá-lo, tornando-se mais tarde conhecida nacionalmente pelos produtos (LACBOM) que fabrica e que são comercializados em todo o País. O objetivo da criação da cooperativa foi o unir e promover o pequeno e médio agricultor.

Araputanga passou a desenvolver-se rapidamente e tornou-se distrito, através da Lei nº 3.922, de 04 de outubro de 1.977, com território jurisdicionado ao município de Mirassol D Oeste.

A Lei Estadual nº 4.153, de 14 de dezembro de 1.979 criou o município de Araputanga.

No município se nomeiam as localidades de Cachoeirinha, Farinópolis, Monterlândia e Nova Floresta. Povoados menores são: Cantão, Santa Maria, Batuleba, José Bueno, Rio Vermelho, Córrego Rico, Arapongas, Harmonia, Mata Preta, Santa Rosa e Jaime Pedrosa.

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