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30/11/2009 - 00:00

Soldados do Exército e Bombeiros se engajam no combate a dengue EM Cáceres

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara JORNAL EXPRESSÃO Vinte e cinco soldados do Exército e 10 homens do Corpo de Bombeiros estão engajados no combate a dengue em Cáceres. Os militares se juntaram aos 25 agentes de saúde que vasculham diariamente, quintais, terrenos baldios e demais locais considerados criadouros do mosquito aedes aegypit transmissor da doença. Os comandos do 2º Batalhão de Fronteira (2º. B.Fron) e do Corpo de Bombeiros liberaram os militares após a morte de três pessoas, vítimas de dengue hemorrágica, em menos de 20 dias, na cidade. Embora trabalhem fardados, os soldados e os bombeiros têm a missão de orientar os moradores sobre a necessidade de combater os criadouros do mosquito, além de distribuir panfletos orientativos sobre a doença. “É praticamente uma guerra contra a dengue. Vamos promover ações de bloqueio contra o avanço da doença em todos os quadrantes da cidade”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Arlene Alcântara, assinalando que ao contrário dos anos anteriores quando foi escolhido um dia para realização de mutirão contra a dengue, neste ano o trabalho é realizado de forma contínua. “A situação é grave. Não podemos escolher um único dia para realizar o mutirão. Os mutirões acontecem todos os dias através de várias parcerias, como o Exército e o Corpo de Bombeiros”, afirma revelando um pequeno recuo do índice de infestação predial do mosquito. De acordo com o relatório semanal da Vigilância Epidemiológica, apresentado por Alcântara, nesta semana o índice de infestação foi de 3,52% contra 4,12% da semana passada. “Sabemos que ainda é pouco, mas não deixa de ser um avanço no combate a doença”, explica atribuindo a redução da infestação ao trabalho de nebulização espacial. O número de notificações durante o ano, conforme a Vigilância Epidemiológica é de 2.089 casos, além de 47 de dengue grave que engloba febre de dengue hemorrágica. Ainda na sexta-feira, a Vigilância concluiu o primeiro dos cinco ciclos de aplicação da nebulização espacial, o chamado fumacê, nos 54 bairros e localidades de Cáceres. No período da tarde, as cinco equipes reforçaram a aplicação em bairros que tiveram o trabalho comprometido por causa do vento e da chuva. Intempéries e ventos acima de 20 km/h inviabilizam a operação. Em relação às queixas de que os veículos estão passando rápido, Arlene afirmou que isso ocorre por falta de conhecimento técnico. Ela explica que a velocidade de aplicação é de 10 km por hora e quando os veículos estão acima desta velocidade é porque estão contornando o quarteirão ou já enceraram a aplicação. “Para comprovar isso, basta observar se o equipamento de nebulização está funcionando”, esclareceu lembrando que em alguns bairros, pela quantidade de quarteirões, a aplicação tem sido feita em dois períodos. A coordenadora aproveitou para cobrar ajuda da população no momento em que o fumacê estiver passando em frente às casas. Informou que para garantir uma maior eficácia, as pessoas devem manter portas e janelas abertas e proteger alimentos, vasilhas de água, alimentos de animais e aquários. Além disso, recomendou que recém nascidos, idosos e pessoas com problemas respiratórios, se ausentem da localidade onde está sendo realizada a nebulização.
 
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