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Notícias / Educação
23/04/2020 - 13:47
Internos de medicina acusam Unemat de ‘barrar’ atuação no combate ao coronavírus; Universidade espera regulamentação
Por Wesley Santiago
Um aluno da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) denunciou que ele e outros internos do curso de medicina estão sendo proibidos de atuar no combate ao coronavírus, em Mato Grosso. Conforme dito à reportagem, a atuação deles – que já fizeram cinco anos de curso – foi autorizada pelo Ministério da Educação (MEC). A assessoria de imprensa explicou que aguarda a regulamentação do Conselho Estadual de Educação, responsável por fazer a autorização.
“Nós que fomos treinados durante cinco anos para ajudar, estamos sendo impedidos de trabalhar. Desde o meu primeiro dia de aula vou para o posto de saúde. Não fazemos parte daqueles que querem ou devem ficar em casa. Foram mais de sete mil horas de preparação. Mato Grosso não é diferente dos outros cantos do Brasil. Então eu perguntou: o MEC já nos autorizou a trabalhar, então porque a Unemat não segue isso?”, questiona o interno.
Além disto, o aluno acrescenta que “quando procuramos os nossos preceptores médicos para pedir para trabalhar, para estagiar e somar força – fomos informados de que eles foram “notificados” pela instituição Unemat de que o preceptor que receber alunos está descumprindo ordem direta e será punido”.
“As poucas medidas tomadas pela Unemat até o momento são para os 'cursos presenciais' como um todo – nenhuma fala de maneira específica sobre a atuação dos alunos do internato médico. Aqueles que podem atuar na frente de combate ao Covid-19. Onde estão as ações estratégicas para os internos de medicina? Onde estão as ações das secretarias de Saúde? Será que quase cem alunos – em breve médicos – com cinco anos de conhecimento e atuação com pacientes - não tem utilidade para a sociedade nesse momento? Temos médicos sobrando ou temos falta de vontade de organizar as coisas?”, indaga o aluno mais uma vez.
Por fim, explicou que é fato que eles estarão expostos, mas eles assim estiveram durante os cinco anos de curso. O momento é crítico – sabemos. Estamos dispostos a encarar esse desafio? Sim, desde sempre. Escolhemos medicina – esse é nosso dever e o nosso desejo. Sabe o que mais nos mata? Ver isso tudo e nada podermos fazer. A sociedade que colabora com impostos e nos permite estudar – nesse momento - precisa de nós.
Outro lado
A assessoria de imprensa da universidade explicou que a autorização do MEC se aplica apenas às unidades federais. No caso da Unemat, a questão precisa ser regulamentada pelo Conselho Estadual de Educação. Informou ainda que já há tratativas neste sentido, porque é desejo também deles que os alunos possam atuar no combate ao coronavírus.
Além disto, foi explicado que os alunos precisam estar no último semestre do curso e ter cumprido 75% do estágio regular obrigatório. Para que os ainda não atingiram esta porcentagem, estão sendo oferecidas modalidades de telemedicina para que, assim que houver a aprovação do conselho, eles possam já atuar.
Neste momento, existem 31 alunos que aguardam a regulamentação para que comecem a operar.
“Nós que fomos treinados durante cinco anos para ajudar, estamos sendo impedidos de trabalhar. Desde o meu primeiro dia de aula vou para o posto de saúde. Não fazemos parte daqueles que querem ou devem ficar em casa. Foram mais de sete mil horas de preparação. Mato Grosso não é diferente dos outros cantos do Brasil. Então eu perguntou: o MEC já nos autorizou a trabalhar, então porque a Unemat não segue isso?”, questiona o interno.
Além disto, o aluno acrescenta que “quando procuramos os nossos preceptores médicos para pedir para trabalhar, para estagiar e somar força – fomos informados de que eles foram “notificados” pela instituição Unemat de que o preceptor que receber alunos está descumprindo ordem direta e será punido”.
“As poucas medidas tomadas pela Unemat até o momento são para os 'cursos presenciais' como um todo – nenhuma fala de maneira específica sobre a atuação dos alunos do internato médico. Aqueles que podem atuar na frente de combate ao Covid-19. Onde estão as ações estratégicas para os internos de medicina? Onde estão as ações das secretarias de Saúde? Será que quase cem alunos – em breve médicos – com cinco anos de conhecimento e atuação com pacientes - não tem utilidade para a sociedade nesse momento? Temos médicos sobrando ou temos falta de vontade de organizar as coisas?”, indaga o aluno mais uma vez.
Por fim, explicou que é fato que eles estarão expostos, mas eles assim estiveram durante os cinco anos de curso. O momento é crítico – sabemos. Estamos dispostos a encarar esse desafio? Sim, desde sempre. Escolhemos medicina – esse é nosso dever e o nosso desejo. Sabe o que mais nos mata? Ver isso tudo e nada podermos fazer. A sociedade que colabora com impostos e nos permite estudar – nesse momento - precisa de nós.
Outro lado
A assessoria de imprensa da universidade explicou que a autorização do MEC se aplica apenas às unidades federais. No caso da Unemat, a questão precisa ser regulamentada pelo Conselho Estadual de Educação. Informou ainda que já há tratativas neste sentido, porque é desejo também deles que os alunos possam atuar no combate ao coronavírus.
Além disto, foi explicado que os alunos precisam estar no último semestre do curso e ter cumprido 75% do estágio regular obrigatório. Para que os ainda não atingiram esta porcentagem, estão sendo oferecidas modalidades de telemedicina para que, assim que houver a aprovação do conselho, eles possam já atuar.
Neste momento, existem 31 alunos que aguardam a regulamentação para que comecem a operar.
Comentários
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3 comentários
-
por Jr, em 25.04.2020 às 07:33
Esse curso de medicina precisa ser revisto. Só acho !
-
por Elcio do Valle Pintan, em 23.04.2020 às 22:19
Internos não. UM interno que não representa os demais que fez essa afirmação.
-
por Luizão, em 23.04.2020 às 16:15
Pasmem!!COLETORES DE LIXO,FAXINEIROS ,COVEIROS,POLÍCIAS, ENFERMEIROS,TODOS COM SEUS SERVIÇOS ESSENCIAL A POPULAÇÃO TRABALHANDO 24HRS. ENQUANTO SENHORES DONOS DA CAUSA, MAESTRIA, DIPLOMAS,MILHARES DE HORAS NO CONHECIMENTO,TRANCADOS DENTRO DA FACULDADE
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