Notícias / Polícia

27/11/2009 - 00:00

Marido liga para esposa como se fosse outro e pede resgate

Por Jornal Oeste

Da Reportagem Policiais militares prenderam em flagrante o vendedor Luiz Fabiano da Silva, de 35 anos, que simulou seu próprio sequestro. Ele chegou a ligar para a esposa na cidade de Poconé (a 100 quilômetros da Capital) se passando pelo cunhado, que exigia o pagamento de R$ 17 mil de resgate. A prisão ocorreu anteontem à noite. Policiais militares foram acionados e descobriram que Luiz ligava de um orelhão da avenida Júlio Campos, em Várzea Grande. Levado até a Delegacia do Complexo do Parque do Lago, ele foi autuado em flagrante pelos crimes de denúncia caluniosa e comunicação falsa, crimes previstos nos artigos 339 e 340, respectivamente, do Código Penal. Segundo o delegado plantonista, Fábio da Silveira, o vendedor mobilizou toda a estrutura policial que teve um gasto financeiro. “Sem falar que a polícia poderia estar atendendo uma ocorrência de verdade”. Segundo os policiais, Luiz assinou uma procuração para que a esposa movimentasse a quantia de R$ 17 mil que estava em sua conta. Anteontem, ele viajou para Cuiabá e chegou a ir a um banco, mas não fez movimentação alguma. No início da tarde, ele chegou a ligar para a esposa, se passando pelo ex-cunhado e avisando que Luiz estaria sequestrado e teria que pagar resgate. A esposa estranhou, uma vez que eles não são ricos. Além disso, desconfiou da voz do irmão, acreditando se tratar mesmo do marido. “Fomos acionados e descobrimos de onde partiu a ligação. Identificamos o orelhão e não demorou muito e o localizamos, e não tinha ex-cunhado algum dele nas proximidades. Só então percebemos que se tratava de uma simulação de sequestro”, explicou um dos policiais. Na delegacia, ele alegou que estava com problemas financeiros e resolveu simular o sequestro – ele não queria gastar o dinheiro sem que a esposa soubesse. Luiz cumpriu pena por homicídio – foi condenado pelo assassinato do sogro – e estava em liberdade condicional. Com a prisão, deverá ter regressão de pena e voltar para o regime fechado. (AR)
 
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