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18/12/2019 - 08:57 | Atualizado em 19/12/2019 - 08:28

AL fará Audiência publica hoje para discutir autonomia da Unemat

Por Itimara Figueiredo/ALMT

Assessoria

 (Crédito: Assessoria)
Mais uma rodada de discussão foi realizada para garantir autonomia financeira da Universidade Estadual de Mato Grosso – Unemat, nesta segunda-feira (16), na Presidência da Assembleia Legislativa. Na oportunidade, o presidente da Casa de Leis, deputado Eduardo Botelho (DEM), assegurou buscar diálogo junto ao governo do estado para ajudar a instituição de ensino, que por meio de liminar do Supremo Tribunal Federal – STF, deixou de ter o vínculo constitucional que garantia 2,5% da Receita Corrente Líquida do estado. O assunto será tema de audiência pública nesta quinta-feira (19), sob o comando da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da ALMT, presidida pelo deputado Thiago Silva (MBD).

"Vamos conversar com o governo e buscar caminhos que atendam as necessidades da Unemat", afirmou Botelho, que também debateu o assunto na última sexta-feira (13).
Durante a reunião de hoje, o reitor da Unemat, Rodrigo Zanin, disse que a unidade de ensino não foi comunicada sobre a ação do governo que destituiu o vínculo à Constituição Estadual, artigo 246, que garantia os 2,5% da RCL do estado.
"Fomos pegos de surpresa com uma ação de inconstitucionalidade promovida pelo governo do estado, através da Procuradoria Geral do Estado – PGE, junto ao STF, pois a liminar foi dada no último dia 12 de dezembro, sendo que foi protocolada no dia 3 de dezembro. Isso dá uma instabilidade muito grande à Unemat. Estamos pedindo que a Assembleia entre com recurso e ajude a fazer a discussão para que possamos voltar a ter o vínculo constitucional e a garantia de financiamento da Unemat", questionou Zanin.
Segundo o reitor, a decisão representa o retrocesso nos últimos 15 anos na história da universidade. "Não teremos como planejar a longo prazo de como a universidade irá atender Mato Grosso. E ficaremos a mercê de uma discussão anual de orçamento e LOA", acrescentou Zanin.
UNIVERSIDADE – conforme o gestor, a Unemat conta com uma receita de R$ 392 milhões; aproximadamente 23 mil alunos; 13 campus, 45 polos (núcleos pedagógicos e cursos à distância), 30 cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) e quase 800 professores, sendo desses 450 são doutores.
"Fazemos a diferença para esse estado por mais de 40 anos. A reunião é positiva porque os deputados assumiram o compromisso de entrar com recurso e fazer a discussão jurídica para nos ajudar, junto ao Executivo, para encontrar uma alternativa que garanta o vínculo constitucional e garantia constitucional do financiamento da universidade", destacou Zanin.
A previsão para 2020 é de R$ 425 milhões, mas de acordo com o reitor, sem o vínculo constitucional, a Unemat fica sujeita aos decretos de contingenciamento. "Isso prejudica e coloca em risco a própria manutenção da Unemat a longo prazo", acrescentou.

AUDIÊNCIA – De acordo com o deputado Lúdio Cabral (PT), a medida do governo contraria o sistema de Educação. "Vai contra o direito da população do estado. A Assembleia não pode ficar inerte, o primeiro encaminhamento é que a Assembleia vai recorrer dessa decisão do STF. Não faz sentido retroceder 30 anos na história da Unemat com o fim da autonomia financeira.

Segundo, uma audiência pública na próxima quinta-feira (19) com a participação de representantes do governo para poder debater junto com a comunidade da Unemat essa pauta e buscarmos reverte-la. Ela significa um retrocesso sem tamanho na história para o nosso estado", disse Lúdio.

Também participaram os deputados Thiago Silva (MDB), Janaina Riva (MDB), Valmir Moretto (PRB), Dilmar Dal Bosco (DEM), Dr. João (MDB) e Wilson Santos (PSDB).

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  • por Emilio, em 18.12.2019 às 10:08

    Magnífico Reitor, uma sugestão: se não tem dinheiro, que tal parar de aumentar os gastos? Aqueles cursos de turma única fora de série que prefeitos e deputados gostam de levar para suas bases eleitorais, acho que não tem mais como criar, não é? Porque tem custos. Aquele campus em Rondonópolis? Melhor cancelar. Lá já tem uma universidade federal. Ampliação de cursos? Suspende tudo até ter certeza que haverá orçamento.

 
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