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22/11/2009 - 00:00

Governo de Mato Grosso determina o cancelamento do concurso público

Por Jornal Oeste

REDAÇÃO Secom-Mt O Governo de Mato Grosso acaba de anunciar o cancelamento do concurso realizado em todo o Estado neste domingo (22.11), para o provimento de 10.086 vagas, em decorrência de problemas de logísticas ocorridos na parte da manhã. O reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Taisir Karim, instituição responsável pela realização do concurso público, vai explicar os motivos do cancelamento. Junto com o secretário de Administração do Estado de Mato Grosso (SAD), Geraldo De Vitto, o reitor atenderá a imprensa logo mais , às 14 horas, na sede da Secretaria, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá. (Atualizada às 13h06, de 22.11) Governador anuncia novo concurso O governador Blairo Maggi disse neste domingo, em entrevista exclusiva para o RDNews, que, assim que recebeu telefonema do secretário Geraldo de Vitto, comunicando sobre a confusão e desorganização por parte da Unemat, sob o reitor Taisir Karim, daquele que seria o maior concurso público do país, sugeriu, de imediato, que anunciasse o cancelamento oficial. Foi a partir daí que Vitto, até então resistente à ideia, reuniu o comitê gestor e comunicou a suspensão do concurso. Em seguida, convocou entrevista coletiva, que começou às 14h15, no Palácio Paiaguás. Maggi esta visitando alguns municípios no Médio-Norte. Neste domingo, às 14h, quando falou com RDNews, ele se encontrava em Sapezal. Do município fundado pelo sua família, ele retorna direto para Cuiabá. Vai cobrar explicações. O governador observa que a responsabilidade pelo concurso é da Universidade do Estado (Unemat). Se mostra preocupado com a repercussão negativa. "É duro porque a gente optou por uma instituição de Mato Grosso, até para evitar que todo esse dinheiro (pago para as inscrições) fosse para outro Estado". O mais grave, diz Maggi, são as denúncias de que as provas vazaram antes. "Sugeri o cancelamento de imediato, não pode acontecer uma coisa dessa". Blairo Maggi disse que, mesmo com tanto transtorno e confusão, é preciso agir rápido para repor o concurso, ou seja, convocar um novo processo seletivo o mais rápido possível. Assegura que não haverá prejuízos aqueles que fizeram inscrição. Disse também que exige procedimentos e investigações para culpar responsáveis pelas falhas e irregularidades. A Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar responsabilidades. "Vamos detectar onde estão os erros e punir os culpados". O governador enfatiza que é preciso convocar novo concurso para os próximos dias porque. Pondera que 2010 é ano eleitoral e existe prazo para convocar e nomear os aprovados. Nesse caso, o tempo só se estenderia até 4 de abril, já que a legislação proíbe contratação de servidores durante os seis meses que antecedem às eleições, que acontecem em outubro do próximo ano. Observa que existem vagas em abertos para cargos de profissionais que, antes de começarem a atuar, precisam passar por formação. (Romilson Dourado - RDNEWS) Quem se sentir lesado pode acionar a Justiça, diz secretário O secretário de Administração, Geraldo de Vitto, anunciou o cancelamento das provas do que deveria ser o maior concurso público do país e afirmou que, apesar dos boletins de ocorrência registrados em diversas delegacias da Capital e das reclamações de milhares de candidatos, os "poucos" problemas que existiram foram registrados somente na Unirondon. "Decidimos cancelar as provas para manter a lisura do concurso. O único local em que houveram problemas, talvez causados pela ansiedade dos candidatos, foi realmente na Unirondon. Em Rondonópolis, por exemplo, as pessoas foram civilizadas e esperaram que os fiscais arrumassem tudo", disse De Vitto. Ele afirmou que a nova data para o concurso deve ser anunciada na próxima terça (24) ou quarta (25). O secretário garante que aqueles que se sentirem prejudicados e preferirem não fazer a prova na nova data que será divulgada, pode acionar a Justiça e pedir o dinheiro de volta. "Isso também serve para quem entendeu que teve prejuízos com o cancelamento de hoje. Acionem a Justiça e procurem seus direitos", diz De Vitto. O reitor da Unemat, Taisir Karim, se responsabilizou pelo fiasco que foi a realização da primeira etapa do concurso do Estado. Segundo ele, houve erros de logística por culpa da Unemat. "Os fiscais e coordenadores não souberam informar aos candidatos sobre os locais adequados. Por isso, resolvemos que tudo será feito novamente". A Unemat já desembolsou R$ 5 milhões para a realização das provas neste domingo (22) e, agora, deve gastar mais R$ 5 milhões para que o processo seja refeito. Taisir explica que os malotes com as provas foram escoltados de Cáceres até Cuiabá e que se houve qualquer tipo de violação nas provas, aconteceu após a entrega para os fiscais. Mesmo assim, ele garante que os profissionais que trabalharam neste domingo vão receber o pagamento normalmente, como havia sido combinado com antecedência. O Estado arrecadou R$ 8 milhões com o concurso. (Flávia Borges - RDNEWS) Gaeco cumpre mandados após denúncias de fraude Dois dias antes da realização do maior concurso público de Mato Grosso, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu na sexta-feira (20) quatro mandados de busca e apreensão em quatro residências de servidores da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) em Cáceres, entre elas a diretora de Concursos e Vestibulares (Covest), Geisa Atala. Os mandados foram expedidos pela Justiça Estadual após o Ministério Público do Estado receber várias denúncias de fraudes e vendas de gabaritos de provas. A ação aconteceu por volta das 6 horas. Nas residências foram apreendidas algumas CPUs e um notebook, que serão encaminhados para perícia. Assim, poderá ser confirmada ou não a ocorrência de fraudes. Na coletiva de imprensa de domingo o reitor da Unemat, Taisir Karim, negou que houvesse ligação entre a apreensão dos computadores da diretora com o cancelamento das provas do concurso público. "Se o caso da apreensão tivesse relação não seriam as provas que teriam cancelamento, mas todo o concurso", argumentou o Karim. O reitor da Unemat trabalha com Geisa Atala desde que assumiu a instituição há sete anos e disse que confia nos funcionários. Karim lembrou que, quando ficou sabendo do ocorrido com a diretora, foi se informar do caso com o juiz local. "Só se o juiz estiver mentido, porque ele garantiu não haver qualquer relação". O secretário de Administração do Estado, Geraldo Aparecido de Vitto, descartou qualquer possibilidade de fraude e garantiu a lisura e transparência do concurso, afirmando confiar na Unemat para a aplicação das provas. O carregamento com os questionários do concurso foram trazidos de Cáceres até Cuiabá pelos Correios.
 
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