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17/04/2009 - 00:00

Torcida exige e Pinheiro fará uma nova eleição no Mixto

Por Jornal Oeste

Oliveira Júnior De herói a vilão. Em um ano e meio, Júlio Pinheiro deixou ser ovacionado pela torcida alvinegra para ser deposto. Pressionado após o vexame de quarta-feira, quando o Mixto perdeu por WO para o Luverdense, ao chegar 35 minutos atrasado ao estádio Passos da Ema, em Lucas do Rio Verde, o dirigente que levou o clube ao fim de um jejum de 11 anos em 2008, entregou o cargo e vai convocar nova eleição. "Se o salvador da pátria que assumir, fizer 30% do que eu fiz, o time será campeão da Série C", disse em tom de discurso. Na manhã de ontem, ao confirmar sua renúncia e anunciar o novo pleito, Pinheiro foi cercado por um pequeno grupo de torcedores na sede do clube, anexo ao Estádio Presidente Dutra. "Exigimos a saída do Júlio, mas como somos democráticos, queremos sim uma eleição. Queremos eleger membros das torcidas na diretoria e colocar no cargo, pessoas que tenham comprometimento com a história e a camisa do Mixto, que tenham competência para gerir o clube", disse Paulo César Camargo, diretor de uma das organizadas. Cercado pelos jornalistas, Pinheiro tentou escapar, mas acabou falando. Primeiro, tentou explicar o vexame de quarta-feira. O dirigente não revelou de quem foi a responsabilidade da contratação de um ônibus velho e sem condições de encarar uma viagem de quase 900 Km, mas A Gazeta apurou que a atitude partiu de dirigentes ligados ao time master do clube, que locaram o veículo junto a uma Igreja. Um deles inclusive, é funcionário de Júlio Pinheiro e responsável por "empanar" as mazelas do clube. Júlio tentou explicar. "Conseguimos um ônibus mais barato que existia a disposição na cidade. Quando aconteceu a quebra, em Rosário Oeste, no começo da viagem, entramos em contato com o presidente Carlos Orione que nos tranquilizou. No entanto faltou bom senso. Chegamos 35 minutos atrasados. O jogo poderia ter acontecido, mas o árbitro foi pressionado por dirigentes locais do Luverdense, que o obrigaram a dar o WO. Aí fica muito difícil. Vou convocar nova eleição, já falei com o presidente do Conselho José Luiz Paes de Barros".
 
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