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29/10/2019 - 07:58

Há 58 anos saía do prelo pras ruas a 1ª edição do Correio Cacerense

Por Jornal Correio Cacerense

Jornal Correio Cacerense

(Crédito: Jornal Correio Cacerense)
Dia 29 de outubro de 1961, na Radio Difusora Bom Jesus de Cuiabá, as noticias do domingo,: “Síria deixa de fazer parte da República Árabe Unida”; “Nasce Randy Jackson em Gary, Indiana, nos Estados Unidos, e que futuramente iria integrar a banda The Jackson 5”; Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, encerra na República Dominicana, a sua primeira visita de observação in loco,”  e no pantanal mato-grossense, em Cáceres, circulava a primeira edição do Jornal Correio Cacerense.

Na capa do periódico que nascia, lá estava o compromisso: “Correio Cacerense, estará ao lado de todas as causas justas; suas páginas estão à disposição de todos aqueles que estiverem ao lado da justiça, especialmente, as pessoas de boa vontade. Não é contra ninguém, é a favor da coletividade. Não tem partidarismo político, seu partido, é o povo, sem siglas, sem iniciais, sem cores ou faixas”. Um compromisso do fundador o saudoso José Wilson de Campos, que ao longo destes 58 anos, a editoria tem honrado.

Nestas quase seis décadas, o periódico passou por seis titulares, o fundador Campos que em 1965, passou o mesmo para o produtor rural Dércio Cruz. Na sequência, em 1968 o jornal foi comandado pelo Capitão do 2º Bfron Claudio Carvalho, que em 1970 repassou ao advogado Odilon Viegas e em 1977, o periódico foi adquirido pelo político Aloísio Coelho de Barros, para em 1986 ser assumido por quase  três décadas, pela empresária Orfélia Michelis. Com a morte desta em 2015, assumiu o diário, sua filha Rosane Michelis e mesmo diante de tantas crises do passado e presente, o Correio, com o slogan, o DNA da Informação, vem superando óbices e chegando todas as manhãs às mãos dos ilustres leitores.

Não há registros do período pré-linotipia no Correio Cacerense, que deve ter usado os tipos móveis em sua origem, pois as máquinas de composição de tipos de chumbo, invenção revolucionária do imigrante alemão Ottmar Mergenthaler, só chegaram às tipografias de centros mais longínquos das capitais nos anos 70 do século XX. Com uma máquinas de composição da marca Linotype, equipada com chumbo em ponto líquido, era possível compor uma linha inteira de texto. Para se ter uma ideia, uma página de jornal no chumbão pesava mais de 50 quilos; as fotos eram zincadas em clichês sentados em madeira e os títulos das matérias, compostos em formas em garfos ludlows.  

Com o advento da offset, as diagramações em past-up, as máquinas IBM de calotas, as coisas foram se simplificando, até que no limiar do século XXI, chega a era digital, já na gestão de Orfélia Michelis, diagramação no page-maker e  no corel, um jornal composto de 8 páginas, cabia num zip-drive, coisa de 10 gramas, evoluindo a cada ano seguinte, exceto o trabalho intelectual do redator, editor e do web designer, estágios que o Correio Cacerense viveu e busca, usando destes mecanismos, melhorar em cada edição.

Ao comemorar as Bodas de Vidro, a certeza de que cada um que aqui esteve, do jornaleiro ao impressor, de redatores e repórteres aos vendedores de anúncios e assinaturas, enfim, todos aqueles que de uma forma ou de outra ajudaram a escrever páginas desta história, fica os agradecimentos da direção,  e toca o barco, que a vida continua.


Na galeria do Correio Cacerense, o fundador José Wilson de Campos, Dércio Cruz, Odilon Viegas, Aloísio Coelho de Barros, Orfélia Michelis e Rosane Michelis (Fotos:JCC/Wilson Kishi)

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