Jornal Oeste

Nessa terça-feira, 22, os vereadores Cézare Pastorello (SD) e Zé Eduardo Torres (PSC) foram fazer a fiscalização do cumprimento da lei e das condições em que se encontra o prédio do antigo Esporte Clube Humaitá, onde atualmente funciona o Ganha Tempo.

Na sessão da segunda-feira, 21, o vereador Zé Eduardo Torres havia reiterado seu pedido de cumprimento da lei de doação do prédio: "Quando os sócios remanescentes do Esporte Clube Humaitá deliberaram pela doação do prédio, que vale milhões, para a prefeitura, impuseram algumas condições, como o uso das cores do clube, sala de troféus e memorial. Isso, inclusive, está na lei 2.650, que aprovamos há mais de um ano. Cáceres é uma cidade que tem história e essa história é patrimônio nosso! A lei tem que ser cumprida!"

Além de não ter disponível, até hoje, a sala condicionada na lei de doação, os vereadores ainda constataram que a cobertura da piscina não foi suficiente para evitar a entrada de água, o que pode causar problemas com a proliferação de vetores da dengue e outras doenças. Também constataram que a parte não utilizada do prédio pelo ganha tempo está em péssimas condições, e que poderia ser usada com outras finalidades.

"Temos uma área enorme aqui que poderia abrigar uma extensão da Câmara Municipal, para melhor acondicionar os servidores e até mesmo ampliar o plenário, que constantemente está ficando lotado. Com isso, teríamos como manter o prédio, que é histórico e disponibilizar toda essa área para fins sociais, à disposição da população de Cáceres. Temos uma piscina enorme que poderia estar formando futuros campeões de natação!", afirma o vereador Pastorello.

A ideia de usar a parte ociosa do prédio pela Câmara é compartilhada pelos dois vereadores, que são contra a mudança de sede da Câmara Municipal. Eles afirmam que a ideia de mudar o Legislativo de prédio colocaria no abandono mais um prédio histórico, podendo vir a ocorrer o que ocorreu no prédio da antiga prefeitura, que após incêndio está praticamente em ruínas.

"Temos problemas de mobilidade no centro, como qualquer cidade histórica tem. Mas, precisamos é de dar vida ao centro, mantendo aqui nossos serviços, e não o abandonar. Todas as cidades que abandonaram seus centros histórico tiveram problemas, com essas áreas virando verdadeiras cracolândias. Cáceres se orgulha da sua história, e o Esporte Clube Humaitá ainda está na história recente de muitas famílias daqui. Não vamos deixar essa riqueza se apagar!" Finaliza  o vereador Zé Eduardo Torres.
 
Veja o que diz a lei 2.650 de 28 de março de 2018

Artigo 1º - A – Fica mantido o nome do clube como "Esporte Clube Humaitá", devendo ser destinada e mantida uma sala no prédio, para abrigar as insígnias, documentos, galeria dos ex-presidentes do clube, troféus, álbuns e recordações dos eventos acontecidos na história social do clube, e ainda, ser preservada as cores azul e branco em todas as dependências do imóvel.