Ele acredita, entretanto, que não será necessário porque tanto governo quanto Legislativo trabalham para conciliação dos interesses. “Estou acreditando que depois das audiências públicas e discussões, serão feitas essas alterações. O projeto como está, não passa. Não tem necessidade de eu voltar, mas se caso for necessário voltar, para fazer a defesa daquilo que o nosso povo, que nos elegeu está cobrando, eu farei isso”, disse ao
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Além disso, Kardec afirma que o chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, e o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), estão empenhado na busca de uma solução que contemple os pescadores profissionais de Mato Grosso. Hoje, existem 10 mil profissionais cadastrados, mas o cadastro passará por revisão e o número deve ser reduzido.
Na quarta (28), a Assembleia criou comissão especial para analisar o projeto Cota Zero. Os membros ainda serão indicados pelos blocos parlamentares.
O prazo para análise foi estendido e a votação deverá ser concluída somente em 03 de dezembro.
Após a revisão do cadastro de pescadores profissionais, Kardec defende a criação de um seguro-defeso estadual para que ninguém seja penalizado até a transição para outra atividade no período de proibição da pesca. A medida já está sendo analisada por técnicos do governo estadual. No período da piracema, que dura quatro meses, o pagamento é feito pela União.
Outra preocupação do secretário é com municípios como Santo Antônio do Leverger e Barão de Melgaço, cuja pesca amadora movimenta as economias. Neste caso, o pedetista advoga a possibilidade da liberação pesca de algumas espécies menos comerciais paralelas ao repovoamento dos rios.
“Nesses municípios, as pessoas que vão na beira do rio também compram seus artefatos, bebidas, pão, e abastecem seus barcos. Naturalmente, querem levar para casa o peixe que pescam no tablado. Eu advogo a possibilidade de algumas espécies serem liberadas para os pescadores amadores levarem para casa. Dentro da cota atual, cinco quilos de uma espécie. Que seja o piau, a pacupeva, o bagre, os peixes menos comerciais. E que se faça um rodízio nos peixes mais comerciais como pintado, cachara e pacu e que a gente possa fazer um trabalho de repovoamento”, defendeu.
De acordo com ele, o Estado também precisa reforçar todas as frentes de fiscalização. Como exemplo, cita as peixarias de Cuiabá e Várzea Grande que funcionam normalmente no período na piracema sem necessidade de comprovação de estoque para manter a atividade.