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29/08/2019 - 06:04

Mauro Mendes defende exploração de até 5% de terras indígenas

Por Vitória Lopes

Em reunião dos oito governadores da Amazônia Legal com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), Mauro Mendes defendeu a  exploração de recursos em terras indígenas, para ampliar as riquezas do Estado e como fonte de renda para os índios.
 
Durante reportagem exibida no jornal O Globo, Mendes e o governador do Tocantins, Marcos Carlesse (PHS) foram os chefes do executivo estadual que adotaram uma posição mais alinhada com o que o governo federal defende na área da Amazônia Legal.

Em sua fala durante a reunião, o governador afirmou que entre 2 a 5% dos territórios indígenas possam ser utilizados de forma rentável. “É hora presidente, de nós sob a sua liderança, com a sua coragem, com a competência da sua equipe, de nós botarmos o dedo nessa ferida”, disse Mendes, em alusão à polêmica de exploração das terras.
 
“Não queremos tirar terra de índio, não. Nós queremos as riquezas que lá estão. Pra tirar essas riquezas, nós podemos afetar 1 ou 2% dessas áreas, não mais do que isso. Não podemos ter uma casa com um quadro na parede que vale milhões e ter nossos filhos passando fome”, defendeu.
 
Ele ainda citou como exemplo o caso dos índios da etnia Paresi, de Campo Novo do Parecis, que foram multados pelo Ibama ao produzirem soja em cerca de 2% de sua área.
 
Ao fim da reunião, os oito governadores entregaram ao presidente o plano estratégico realizado pelos chefes de Estado para o desenvolvimento da região. Os gestores ainda disseram contar com o dinheiro oferecido pelo G7.
 
PEC 187/2016

No último dia 15, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC 187/2016), que autoriza a prática de atividade agropecuária, tanto do ponto de vista econômico quanto florestal, em terras indígenas. Os defensores do projeto alegam que a medida vai gerar renda às comunidades que vivem nestes locais.
 
Um dos apoiadores da PEC é o deputado federal Nelson Barbudo (PSL), que afirmou que a proposta assegura autonomia às comunidades indígenas. “Os indígenas têm que ter o direito de escolher se querem ou não plantar em suas terras. Liberdade aos índios”.
 
A PEC, aprovada com 33 votos favoráveis, é de autoria do deputado Vicentinho Júnior (PL/TO) e foi relatada na Comissão pelo parlamentar Pedro Lupion (DEM-PR).

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3 comentários

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  • por Jose Carlos Rodrigues, em 29.08.2019 às 23:33

    Governador Mauro Mendes , tem que acabar com esta festas de pescadores profissionais, são os maiores depredadores do rio Paraguai e de outros rios, do estado. Deveria fechar a pesca profissionais por mais de 30 anos e não npelo oque esta sendo cogitado,pesca apenas aos rebeirinhos.

  • por Paulo Felipe, em 29.08.2019 às 13:08

    Suricato, a exploração dos 5% será feita pelos indígenas, a exemplo das áreas indígenas dos índios norte-americanos... onde suas reservas são exploradas pelos nativos e toda a tribo saiu do estado de pobreza e vivem como fazendeiros ricos...

  • por SURICATO, em 29.08.2019 às 07:54

    MEIO CONTROVERSO... QUER FECHAR A PESCA POR CINCO ANOS E EM CONTRAPARTIDA DESMATAR 5% DAS RESERVAS PARA ENTREGAR AOS GRANDES PRODUTORES DO ESTADO... :)

 
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