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16/08/2019 - 16:55 | Atualizado em 16/08/2019 - 17:14

Justiça inocenta ex superintendente do CRECI acusado por injúria racial; após as acusações ele adoeceu e pediu demissão

Por Redação/Jacques Gosch

A promotora de justiça Fânia Amorim, da 7ª Promotoria Criminal de Cuiabá do Ministério Público Estadual (MPE), pediu arquivamento do inquérito por crime de injúria racial contra o ex-superintendente do Creci-MT, Gelson Esio Smorcnski. Ele foi acusado pela corretora de imóveis Raely Pereira Pestana, ex-funcionária do conselho que representa os corretores do Estado. Após as acusações, o superintendente adoeceu e pediu demissão neste mês.

Na versão de Raely, Gelson teria dito para a profissional que seu cabelo afro “não é apto” para participar de um evento do Creci-MT. Entretanto, o MPE não viu dolo nas palavras do investigado para configurar injúria racial.

“Em resumo, inexistem provas da ocorrência do crime de injúria racial apurado no presente caderno policial, vez que as palavras do investigado não possuíam dolo específico de injuriar a vítima, tampouco elementos discriminatórios, de modo que sua conduta é atípica”, diz trecho do despacho da Promotoria

O Creci-MT também abriu processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar  a conduta de Gelson. Em consequência da  denúncia de injúria racial, ele pediu demissão da superintendência do conselho.

O processo judicial foi aberto em 8 de fevereiro e está na 5ª Vara Criminal. A juíza Silvana Ferrer Arruda é quem deve conduzir o caso no Fórum de Cuiabá. Caso siga o pedido do MPE, a magistrada deve absolvê-lo da acusação de injúria racial agravada por constrangimento ilegal e difamação.

Ao Jornal Oeste, Gelson contou que foram mais de um ano de angústia e de espera pela verdade.

“Durante essa espera, meu nome foi exposto e difamado na sociedade. Apesar de ter uma criação sulista que me faz ser uma base sólida de convicções, não tem como não se afetar. Ter seu nome exposto por um crime que não cometeu é muito ruim; achei que não teria sequelas; meu médico disse o contrário e por isso pedi minha demissão do Conselho. Infelizmente, sou mais um que paga com a própria saúde por calúnias e difamações feitas sem nenhuma responsabilidade. Hoje estou em busca de resolver o que foi me tirado: a saúde", lamenta.

Gelson, que foi superintendente do CRECI-MT por quase dois anos pediu desligamento para tratar sua saúde.
 

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