Se as eleições fossem hoje 13.581 dos 64.500 mil eleitores da 6ª Zona Eleitoral – um percentual de mais de 13% do eleitorado – em Cáceres, estariam impedidos de votar. São eleitores que, até hoje, depois de um ano do lançamento do recadastramento biométrico, determinado pela Justiça Eleitoral, ainda não procuraram o Cartório Eleitoral para regular a situação e estão, automaticamente, com os títulos cancelados.
Se serve como consolo essa situação se verifica em todo o Estado. Em Cuiabá e Várzea Grande, os dois maiores colégios eleitorais de Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande, a situação é ainda pior. Apresentam um percentual acima de 30% de seu eleitorado com o título cancelado. Na capital dos 345.391 eleitores, 110.880 estão irregulares com a Justiça Eleitoral. Já em Várzea Grande, essa situação atinge 49.311 eleitores, do total de 146.335.
O eleitor que está com o título cancelado deve procurar, com a maior brevidade possível, uma unidade de atendimento da Justiça Eleitoral, para efetuar a regularização. O título cancelado acarreta restrições no exercício de direito e pode até mesmo, ocasionar a suspensão do CPF. Na dúvida, se está regular ou não, o cidadão pode consultar a situação eleitoral no site www.tre-mt.jus.br, nas abas “eleitor e eleições”, “situação eleitoral”.
No dia da homologação, em 26 de abril, o Cartório Eleitoral contabilizou o cancelamento de 16.770 títulos. De lá para cá, 2.959 eleitores realizaram o recadastramento, reduzindo para 13.581 cancelamentos.
O percentual de cancelamento de títulos acima de 10%, como é o caso da maioria das cidades mato-grossenses é considerado alto pela Justiça Eleitoral, por isso, as autoridades, conclamam os eleitores que ainda não fizeram o recadastramento para que o façam, o mais rápido possível. Caso contrário, não poderão exercer o seu direito de cidadania, de escolher o prefeito e vereadores dos seus respectivos municípios nas eleições de 2020.
Restrições – Além de não poder votar, eleitor com o título cancelado fica impedido de obter a certidão de quitação eleitoral. Esse documento é utilizado para o exercício de diversos direitos civis, entre eles: tirar ou renovar passaporte; tomar posse em cargo ou função pública; fazer ou renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; e participar de licitações, bem como contratar com a administração pública.