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05/08/2019 - 07:53

71 DIAS PARADOS: Lúdio lamenta falta de diálogo do governo com grevistas

Por Vitória Lopes

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) divulgou um vídeo em seu perfil no Facebook, em que critica o posicionamento do governo do Estado de não colaborar com o encerramento da greve dos servidores da educação, que já dura 71 dias. Além disso, conforme o deputado, o governo deixou claro que não quer diálogo, já que não marcou uma reunião para discutir o tema, e tampouco cumprir com as reivindicações dos trabalhadores.

“A maior greve de toda a história, isso é triste, é lamentável, é grave. Eu estou gravando este vídeo para atualizar um pouco do esforço que temos feito de buscar dialogo com o governo, para que o governo apresente uma proposta objetiva aos trabalhadores da educação”, diz Lúdio no começo do vídeo, sobre a reivindicação dos servidores da lei 510/2013, que fala sobre a dobra do poder de compra da categoria até 2024 e reajuste de 7.69% no ano de 2019.

Ainda nas imagens, Lúdio pontua que até o fim de sexta-feira, o governo “não mandou nenhum sinal” sobre quando irá se reunir novamente com os deputados, o que reflete a falta de compromisso.

“Todos se lembram, na segunda-feira (29) nós tivemos uma reunião com o governador e vários deputados. O governador assumiu o compromisso de na quinta-feira, ontem, voltar a se reunir conosco pra apresentar os números sobre o impacto financeiro que será produzido em 2020 pela lei de revisão das renuncias fiscais”, relembra.
 
Os profissionais da educação estão em greve desde o dia 27 de maio. Nesta semana, a greve foi considerada ilegal pelo TJ, que concedeu prazo até esta sexta-feira (2) para que os grevistas retornem às atividades.

“Pra mim, é muito claro qual é a escolha que o governo fez, que é de manter a intransigência, de enrolar os deputados estaduais. É de se negar ao diálogo contra os trabalhadores da educação, buscando usar do autoritarismo, do corte de salário. Já são 2 meses de salários cortados”, relembra.

 O Estado pagaria os salários cortados dos servidores da educação que já voltaram aos trabalhos. O pagamento será feito em uma folha suplementar até 10 de agosto. Já para os grevistas que retornarem às escolas até segunda-feira (5), os dias descontados serão pagos em 15 e 30 de agosto.

O deputado ainda defende a luta dos trabalhadores da educação. “Vamos seguir na luta, ainda no esforço de diálogo, ainda no esforço de denuncia dessa situação gravíssima, para que o governo apresente uma proposta para os trabalhadores da educação e coloque a greve em condições de ser encerrada”.

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2 comentários

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  • por Ciderela, em 05.08.2019 às 19:31

    Esses bolsonaristas, adesistas de última hora do governador Mauro Mendes, podem pegar as eleições de 2020 e levarem pro diabo. Foda-se as eleições! Se um professor, com ensino superior, não sabe exigir o seu salário por direito, como este vai difundir o espírito cidadãos e critico a juventude? Avante professores, são vocês que educam esse país e não uma merreca de conservadores que seguem idiotas, milicianos e oportunistas.

  • por Paulo Renato, em 05.08.2019 às 10:02

    Lindo e maravilhoso! Querem ficar cem dias de greve pra usar isso nas campanhas municipais ano que vem. Pior é saber que tem gente com nível superior apoiando essas traquinagens do Sindicato mesmo sem receber o próprio salário...Enquanto esse sindicato for mais político partidário sempre os seus filiados estará na miséria absoluta...E na manipulação permanente dos seus lideres.

 
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