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23/07/2019 - 08:37 | Atualizado em 23/07/2019 - 08:48

Água da Cachoeira da Piraputanga está poluída e imprópria para banho

Por Sinézio Alcântara

As águas dos balneários e da Cachoeira da Piraputanga, a 18 quilômetros do perímetro urbano de Cáceres, um dos pontos turísticos visitados com frequência por moradores e turistas no município, estão impropria para recreação e consumo, devido ao alto índice de contaminação por Escherichia coli – bactéria causadora de inúmeras doenças, entre elas, infecções intestinais, doenças de pele e pneumonia. É o que aponta, um Boletim de Balneabilidade realizado pela  Sema, realizado no mês de maio.

A situação levou o Ministério Público, através da Promotoria de Justiça Especializada da Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai, a sugerir que a prefeitura, por intermédio da Secretaria do Meio Ambiente e Turismo, oriente os moradores e visitantes para não banhar e tampouco consumir água, principalmente, da cachoeira. A ideia, de acordo com a promotora Liane Amélia Chaves, é alertar os frequentadores sobre o risco de contaminação, até que a situação seja contornada. As coletas para exames foram realizadas em 5 dias nos meses de março e abril.

Em alguns pontos da bacia hidrográfica da Piraputanga – formada pela cachoeira e balneários – o índice de contaminação foi tão alto que chegou a 2.419,20 Escherichia coli por 100 mililitros da água. E, apesar da recomendação feita pela Secretaria de Meio Ambiente e Turismo, informando que o local é improprio para banho a reportagem do Jornal Expressão, flagrou um casal tomando banho na cachoeira.

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), as águas são consideradas próprias para o consumo ou recreação quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das coletas no mesmo local, houver no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros. E impróprias quando o valor da amostragem for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros de água; ou ainda for constatada presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos, esgotos sanitários, óleos, fezes, urinas, ou outras substâncias capazes de oferecer riscos à saúde ou tornar desagradável a recreação.

A partir de agora, o MP irá iniciar um trabalho de coleta para descobrir qual a causa da contaminação do córrego.Outro fator que leva a Promotoria a investigar melhor a origem da contaminação é o fato de o antigo “Lixão” mesmo que desativado possa estar contribuindo para o fator. “ O objetivo é saber o que está provocando a contaminação para que assim possamos ter uma atuação mais eficaz e precisa, com o fim de sanar as irregularidades que causaram a contaminação da bacia”, destacou a promotora.

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4 comentários

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  • por ROBSON JOSÉ, em 23.07.2019 às 20:25

    La não é a praça Barão, a maioria das pessoas que frequentam aquele local não são influentes na sociedade cacerense, por isso que os gestores do município nem se preocupam.

  • por Bn, em 23.07.2019 às 10:07

    Onde estão os órgãos competentes para terem feito a fiscalização? Depois do leite derramado aparecem todos dizendo que está poluído. Logo logo será o braço que interliga a nossa cidade com o rio.

  • por Roberto, em 23.07.2019 às 09:20

    Quem quiser tomar banho, pode ir na fonte vergonhosa da Praça. Quase uma jacuzzi. Ainda faz massagem de graça.

  • por Mariana, em 23.07.2019 às 08:57

    Quem é responsável pelo lixão? Isso é um crime! Ninguém fez algo para prevenir! Isso é uma irresponsabilidade muito grande! Essa cidade não tem prefeto, nem vice, nem vereadores?

 
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