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01/07/2019 - 16:57

Professores mantêm greve na Educação do Estado

Por Midia News

Os profissionais da Educação de Mato Grosso decidiram manter a greve que já dura um mês no Estado. A decisão foi tomada em uma assembleia geral na tarde desta segunda-feira (1º), na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá.
 
Os servidores cobram o cumprimento da lei da dobra do poder de compra - aprovada em 2013 , na gestão do ex-governador Silval Barbosa -, que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos, e a Revisão Geral Anual (RGA). 

Além disso, o movimento grevista ainda exige o retorno dos salários que foram descontados durante a paralisação.
 
Na sexta-feira (31), o Governo do Estado enviou um documento ao Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) com novas propostas para negociação do encerramento da greve.
 
No documento, a Secretaria de Estado de Educação afirmou que não tem previsão de atender a RGA e a lei da dobra, pois a prioridade é cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece os limites de gastos para a folha salarial dos servidores públicos.

Conforme o secretário das redes municipais do Sintep, Henrique Lopes, o movimento avaliou a proposta como uma "afronta" aos trabalhadores. Ele ainda afirmou que o governador Mauro Mendes (DEM) quer congelar a lei da dobra do poder de compra.
 
“O que está em jogo é o Governo querer congelar a lei e não querer assegurar o cumprimento dela. Dizer que o dia que o Estado tiver condição, ele paga, é muito pouco. Ele tem perfeitas condições de apresentar um calendário e essa segurança para os trabalhadores de que eles continuarão tendo a Lei 510/2013 como garantia da sua valorização profissional”, disse.
 
Já em relação ao corte de pontos, o sindicalista relatou que o Governo pede que os educadores voltem ao trabalho para que os salários possam ser restituídos nas contas dos servidores, o que não foi aceito pelos servidores. Lopes ainda atribuiu a responsabilidade pelo fim da greve ao governador.
 
“Nós tivemos uma reunião ampliada da direção, em que os trabalhadores chegaram à conclusão de que, com 30 dias de greve, o Governo vir com uma proposta de retorno às atividades para ele pagar o ponto é muito pouco para aquilo que é em respeito à Lei 510. A resolução ou não da greve está nas mãos do Governo”, afirmou.
 
Após a assembleia, os profesores saíram em passeata pelo Centro da Capital até a Praça Alencastro.

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1 comentário

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  • por Janaina, em 01.07.2019 às 18:24

    Sem luta não há vitória! MM pague nossos direitos e cumpra a lei...

 
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