O deputado estadual Silvio Fávero (PSL) apresentou o projeto de lei 648 de 2919que permite a visita de animais domésticos e de estimação a pacientes internados em hospitais públicos e privados. A presença de bichos, com os devidos cuidados de higiene, já é permitida em diversas unidades de saúde do Brasil.
A proposta tramita na Assembleia desde 17 de junho. No projeto de lei, Fávero cita diversos exemplos como o que ocorre nos Estados Unidos, onde hospitais permitem a entrada de animais de estimação nas unidades de internação como forma de levar mais alegria e bem-estar aos pacientes, ajudando-os na sua recuperação.
No Brasil, diversas unidades de saúde já adotaram a terapia assistida por animais. Como exemplos é possível citar o Hospital Albert Einstein, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo; além da Apae de Nova Iguaçu e a Casa Abrigo Betel, ambas no Rio de Janeiro. Todas permitem a entrada de animais de pacientes para auxiliar na recuperação.
“Quer seja uma criança, um adulto, um idoso ou uma pessoa doente, a verdade é que além de ser uma excelente companhia, os animais fazem bem à saúde, sendo verdadeiros prestadores de cuidados. A proposta não é inédita, basta pesquisar as ferramentas de pesquisas. Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul já adotaram essa terapia fantástica. Em Mato Grosso, com certeza, não deve ser diferente”, ressaltou Fávero.
Restrições
O projeto prevê restrições ao animal, nos setores de isolamento; quimioterapia; transplante; assistência aos pacientes vítimas de queimaduras; Central de Material e Esterilização; unidade de tratamento intensivo (UTI); áreas de preparo de medicamentos; farmácia hospitalar e, nas áreas de manipulação, processamento, preparação e armazenamento de alimentos.
Coleira e Focinheira
Esse não é o único projeto de lei de Fávero sobre animais de estimação. Também tramita na Assembleia matéria que veda a circulação de cães de médio, grande e gigante porte, sem coleira, guia curta de condução e focinheira, em locais públicos e com grande circulação de pessoas.
Segundo o parlamentar, em alguns municípios no âmbito do Estado já se aplica a medida, porém defende que a regra seja válida nos 141 cidades mato-grossenses. "Não é proibir o cão de passear, é proteger pessoas e até outros animais que estejam no mesmo espaço. Eu fui vítima de um ataque, recentemente. O cachorro pode ser dócil, mas tem seu instinto. Não custa tomar precauções", observou.
Ataque
O deputado Silvio sofreu ferimentos no rosto, cabeça e mãos depois de ser atacado por um cachorro, durante uma partida de futebol, em Lucas do Rio Verde. Ele passou por procedimento cirúrgico para reconstrução da pálpebra direita e ficou afastado da Assembleia durante quase 20 dias. Depois, acabou submetido a nova cirurgia para recuperar os movimentos da pálpebra.(Com Assessoria)