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15/11/2009 - 00:00

Presos policiais acusados de triplo homicídio em Cáceres

Por Jornal Oeste

Pantanal Notícias Foram presos ontem, 14, no município de Cerqueiras, Rondônia, os policiais militares Orlandino Rodrigues Gomes, 50, e José Carlos Neves Gomes, 28, pai e filho. Eles são acusados pela execução de Edinaldo Frazão Bezerra, (vulgo “BAIXO” ou “MARCIO”), Alex Sandro Lopes de Araújo e Henrique Francisco Lopes (vulgo “ALCIDES”), cujos corpos foram encontrados em pontos distintos da estrada que liga Cáceres a Porto Estrela dias após o cometimento dos crimes, praticados na noite de sexta- feira,18 de setembro deste ano. Desde então, eles estavam foragidos. Inicialmente, a informação é que estariam no Estado de Minas Gerais, mas na tarde deste sábado o delegado Rogers Elizandro Jarbas, responsável pelas investigações, confirmou a prisão de ambos, feita pelo Polícia Militar de Rondônia. Pai e filho estavam em uma chácara, e foram presos durante uma operação da PM. A previsão é que os dois sejam entregues à polícia de Cáceres na próxima semana. O delegado Rogers, ao explicar o caso, informou que no período entre os dias 14 e 18 do mês passado, as três vítimas negociaram com os policiais a venda de três chácaras localizadas na região do Facão, a 15 km de Cáceres. A venda teve como intermediário Vanderlei Ferreira, que recebeu como comissão um veículo marca Fiat, modelo Uno, que pertencia a Alex Sandro. Os imóveis foram adquiridos “colocados no nome” de Orlandino, da sua nora, Silvana Cristiane de Araújo, e de sua cunhada Sônia Inês Neves. Por volta das 18:30 horas do dia 18,o corretor Vanderlei esteve na casa de Henrique Francisco Lopesn, o “Alcides” e após uma rápida conversa saíram para irem ao encontro dos policiais Orlandino e José Carlos, e de Alex Sandro e Edinaldo Frazão. Em suas declarações, Vanderlei afirma que todos conversaram no interior da casa por um período de tempo, acertando a aquisição de ee quilos de pasta base de cocaína. A droga seria entregue a Baixo e a Alex, como pagamento pelos imóveis adquiridos. Na verdade, a droga nem existiria, e foi a isca para as vítimas serem levadas ao local das execuções. Todos foram então para uma das chácaras, utilizando um veículo Gol, cor branca, comprado por Orlandino de Baixo dias antes, e Baixo e Alex foram de moto. Na chácara já se encontrava Valcir Soares de Jesus, contratado por Orlandino como “caseiro”, mas a tarefa dele era “limpar” o local após as três execuções, que já haviam sido planejadas. Isso, pelo pagamento de três mil reais. Os três Alex, Baixo e Alcides, foram executados assim que chegaram na chácara. Todos com disparos na cabeça. Os disparos foram ouvidos por chacareiros vizinhos. Os corpos foram então colocados no porta malas do Gol branco, que já estava forrado com uma lona preta. Depois de acomodar os corpos, o caseiro cuidou de lavar o local para limpar o sangue. Depois, pegou a moto e foi entregar ao corretor, que ficou responsável por entrega-la aa família de Alex, dizendo que o mesmo não demoraria a retornar para casa. Os dois policiais executores, juntamente com Valcir, foram com o Gol em direção a Barra do Bugres, deixando os corpos pelo caminho. Os corpos das vítimas foram “abandonados” nas proximidades da cidade de Porto Estrela, distantes uns dos outros em aproximadamente seis quilômetros, sendo posteriormente encontrados e submetidos a exame pericial de necropsia. Os policiais miliatres foram interrogados negando os crimes. Atualmente encontram-se foragidos. Valcir foi preso em Cáceres, no dia 23, denunciado pelos crimes de ocultação de cadáver e participação nos homicídios. Segundo alegado por VALCIR em seu interrogatório, o mesmo recebeu de ORLANDINO, como pagamento por tê-lo auxiliado depois da execução das vítimas, uma motocicleta marca Yamaha, modelo YBR, cor preta, ano 2003, que foi apreendida e se encontra na delegacia,e mais R$ 200,00. Orlandino Rodrigues Gomes, que já tem antecedentes criminais, foi denunciado juntamente com seu filho por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. As prisões foram decretadas pelo juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres. O triplo homicídio já estava esclarecido, segundo informa o delegado. Faltava apenas a prisão dos acusados.
 
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