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05/06/2019 - 08:20

Unemat tem corte de bolsas e suspensão de projetos de segurança, tecnologia e viagens

Por G1 MT

O reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Rodrigo Bruno Zanin, foi entrevistado nesta quarta-feira (5) no quadro Papo das seis, do Bom dia Mato Grosso. Ele falou sobre os problemas enfrentados para se manter os serviços das instituições.

A Unemat tem 13 campus, 36 cursos de pós-graduação e 60 cursos de graduação, com mais de 22 mil estudantes.

Há seis anos a Unemat recebe o mesmo valor de repasse do governo estadual – de manutenção e custeio – na ordem de R$ 2,7 milhões a R$ 3,2 milhões. Para o reitor, o valor representa um deficit de R$ 1 milhão daquilo que realmente seria preciso para manter a instituição.

Isso reflete diretamente em investimentos, como projetos de melhoria em segurança, informatização e até viagens a trabalho dos servidores.

“Tivemos uma queda do custo aluno que saía de R$ 1.080 por ano para R$ 180 por ano, ou seja, 82% de corte. Tivemos corte de bolsas de pós-graduação, entre mestrado e doutorado. Ontem soubemos do corte de 2,7 mil bolsas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)”, comentou.

A Capes anunciou na terça-feira (4) o corte de mais 2,7 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no país. Todos os cortes se aplicam em cursos com conceito nota 3 e valem para bolsas que ainda seriam futuramente concedidas. O congelamento não afeta quem atualmente recebe o benefício.


“Tem uma implicação direta que vamos enfrentar, a médio prazo de provavelmente todo investimento e planejamento que a universidade vem desenvolvendo quanto ao ensino superior quanto. Quando você tira o aluno da pesquisa, provavelmente terá frustrações”, alertou.

O reitor também falou sobre o contingenciamento financeiro enfrentado pelo governo de Mato Grosso.

“Há um decreto que está longe do valor que a Unemat precisa, do ponto de vista financeiro. O repasse é feito pelo grupo prioritário de despesa de pessoal. Isso o estado cumpre e os salários são pagos em dia. Já o repasse para manutenção e custeio, a Unemat precisaria trabalhar com aproximadamente R$ 4,2 milhões por mês para fazer a máquina girar. Hoje recebemos entre R$ 2,7 a R$ 3,2 milhões. É um deficit de mais de R$ 1 milhão.

O reitor diz que a universidade recebe o mesmo valor para custeio e manutenção há seis anos.

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3 comentários

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  • por Xômano, em 07.06.2019 às 09:43

    Querem acabar com as universidades públicas no Brasil a todo custo.

  • por Tibúrcio junco pantaneiro, em 06.06.2019 às 07:09

    Governador é outro inimigo da Educação, porque será que alguns políticos são inimigos da educação ????

  • por Marinei, em 05.06.2019 às 23:34

    “Os salários são pagos em dia”!!???? Senhor reitor receber salário parcelado em 3 vezes no mês e sem correção e juros é “receber em dias”? O senhor está recebendo em dias e de uma só vez, como deve ser o pagamento de qualquer trabalhador?

 
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