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13/11/2009 - 00:00

PF começa identificação das ossadas dos brasileiros executados na Bolívia

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Jornal Expressão Peritos da polícia Federal, em Cáceres, deram início na manhã de ontem, nos trabalhos de identificação dos restos mortais dos brasileiros – 5 homens e uma mulher - executados no mês de abril, na província de San Matias, na Bolívia. A perícia boliviana fez o serviço. Porém, a brasileira quer fazer a confirmação. O trabalho está sendo realizado no Instituto Médico Legal (IML) que cedeu toda a estrutura para os procedimentos. As ossadas dos brasileiros foram entregues no IML, em sacos plásticos, por policiais e peritos bolivianos na tarde de terça-feira. A negociação para liberação dos restos mortais foi realizada por policiais federais brasileiros e a polícia nacional boliviana. Seriam de brasileiros que trabalhavam para o tráfico internacional na região da fronteira. Todos foram executados e enterrados em vala comum numa fazenda próximo ao aeroporto de San Matias. A PF informa que, a partir da próxima semana, será realizado um chamado aos familiares das vítimas para coleta de material para exames de DNA. Os 6 corpos foram descobertos depois que uma pessoa procurou ajuda em um dos postos do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), da Polícia Militar de Mato Grosso. O homem que não teve a identidade revelada afirmou na época que as mortes ocorreram devido ao desvio de uma grande quantidade de droga, cerca de 100 kg de cocaína. O crime foi encomendado pelo irmão da maior autoridade do município de San Mathias, que seria o chefe do tráfico na região. O denunciante contou que ele também trabalhava para o tráfico no país vizinho. Disse que no local poderiam estar enterradas até 11 pessoas, mas não comprovou a informação. Para localizar os corpos, a Polícia boliviana escavou vários pontos de uma fazenda durante 3 dias e encontrou o local com a ajuda de testemunhas. Os cadáveres estavam enrolados individualmente em saco de plástico ou lona. A localização foi dificultada por conta do tamanho da área onde eles estavam enterrados e também porque o local foi aterrado. A Polícia Federal atuou nesse caso apenas como observadora. Pelo adiantado estado de decomposição, a estimativa dava conta que as mortes haviam ocorrido 1 mês antes.
 
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