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13/11/2009 - 00:00

Gasto com pessoal consome 54% do dinheiro da saúde em MT

Por Jornal Oeste

Da Redação 24 Horas News O secretário de Saúde, Augustinho Moro, admitiu que o Orçamento do setor ainda não é o considerado “ideal” e que seria necessário um adicional para suprir a deficiência. Ele afirmou que somente de folha de pagamentos a secretaria consome 54% dos recursos. Os números da execução orçamentária de 2008 foram na ordem de R$ 649.668.946,00, sendo que ao final do ano, chegou ao montante de R$ 724.164.355,00. Ou seja: falta dinheiro para investimentos. Os números da saúde foram entregues pelo secretário ao deputado Wallace Guimarães (PMDB), relator da CPI da Saúde, que havia convocado uma audiência pública para permitir ao Estado a apresentação dos dados. No relatório deste ano, composto por 60 páginas, o orçamento está estimado em R$ 706.385.607,00 com ações e recursos destinados aos municípios mato-grossenses. Em meio à explanação dos relatórios o secretário fez questão de apresentar o demonstrativo da aplicação dos recursos nos programas e ações, principalmente no que se refere às do interior do Estado, com destaque para ações e serviços das equipes de Saúde da Família, que são apoiadas financeiramente pelo Estado, totalizando hoje 549 equipes, e também 637 equipes de Agentes Comunitários de Saúde Rural e 332 equipes de Saúde Bucal, além de apresentar o demonstrativo de 68 municípios contemplados no Programa de Incentivo ao alcance de metas da Atenção Básica, “Sobre os incentivos aos municípios que atingem metas da Atenção Básica, onde nós pactuamos reduzir agravos e doenças transmissíveis e não transmissíveis e a morbimortalidade delas, instituímos percentuais no alcance de metas. A exemplo: aquele município que atingir 70% ou mais das metas pactuadas recebe um incentivo de R$ 72 mil anual. Já os que atingirem de 50 a 69.9% recebem R$ 36 mil anual. E o incentivo dobra para os municípios que possuem IDH inferior a 0,702” – explicou. Moro disse acreditar que a Saúde Pública, não só em Mato Grosso como em todo o Brasil, tem que fortalecer as ações nas varias áreas da Atenção Básica, o que contribui e muito com a saúde preventiva da população evitando o agravamento das doenças. “O SUS hoje tem que se voltar a esta ótica: investir mais nas ações da Atenção Básica, evitando despesas futuras com a Média e Alta Complexidade” - disse Moro. Na avaliação do deputado José Domingos Fraga (DEM), a secretaria trabalha no limite dentro dos padrões brasileiros. “Apesar das dificuldades, o Estado vem mantendo as ações programadas e avança na área, porém, não consegue atender toda a demanda”, esclareceu ele. Também participaram da audiência os deputados Wagner Ramos (PR) e Sérgio Ricardo (PR), além da equipe técnica da própria SES.
 
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