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29/04/2019 - 13:22 | Atualizado em 29/04/2019 - 14:42

EDITORIAL: A Enquete, a Carta e o Jardim de Flores

Por Antoniel Pontes / Jornal Oeste

Em texto intitulado “Carta aberta à população de Cáceres”, o prefeito Francis Maris Cruz confirmou sua rejeição ao citar a pesquisa do Jornal Oeste nas redes sociais onde a gestão que tem Paixão por Administrar desponta com 80% de rejeição.
 
A enquete feita pela plataforma do facebook, onde todos os votantes são reais e identificados, e e claro não pôde ser manipulada como as pesquisas que “assopram” no ouvido do executivo, onde “chutam” valores de aceitação cada vez mais altos. Não me admira se em alguns dias ele aparecer com algum super título de melhor Gestor da América Latina.

Na carta, a gestão Francis e Eliene faz referência às críticas e apontamentos de irregularidades que o Jornal Oeste sempre fez. Com isso vamos destrinchar alguns pontos da carta e contrapor aqui alguns pontos importantes que o gestor diz em sua carta.

Quando o executivo fala sobre ter tirado R$ 100 mil do bolso para comprar medicamentos

Em sua carta, o prefeito de Cáceres diz que em 2013 ele teve que tirar dinheiro do bolso para comprar medicamentos, imagine como ficou a situação a partir de 2016, que por incompetência, o município deixou de receber meio milhão por ano de dinheiro federal para compra de medicamentos.
 
Francis tem sorte
Francis teve sorte já nos primeiros meses de 2013 (ano em que começou na prefeitura); ele sem nenhum esforço recebeu os ônibus escolares conseguidos na administração passada. No mesmo ano recebeu a construção da Escola Técnica Estadual e das Creches. Isso é tudo fruto de projetos e empenho de gestões passadas, incluindo do ex prefeito Túlio Fontes e Ricardo Henry consequentemente. Assumir que recebeu obras de gestões passadas não é demérito, pelo menos é o que ele deveria achar.

Já para o próximo gestor, Francis vai deixar o projeto de uma orla de 20 milhões, para combinar com o chafariz de meio milhão feito com dinheiro de IPTU.

Quando ele fala sobre o maquinário da prefeitura, o executivo que Ostenta a compra de máquinas como patrolas e pá carregadeiras como se fosse uma locadora, esqueceu de mencionar que só tem Estrada só quem tem dinheiro para bancar o óleo diesel e operador. Quem não tem, fica só com a conta da manutenção, que virá nos impostos. O famigerado projeto “Projeto Asfalto Comunitário” que mencionou na entrevista a Tv Centro América só está dando dor de cabeça aos moradores do Santa Efigênia, que pagaram pelo asfalto mas não receberam. Com relação a esse caso, o Jornal Oeste já está investigando.
 
Francis  parece ter adquirido uma Síndrome “Taquiana”(de Pedro Taques) ao jogar todas as falhas da sua gestão em gestões passadas. Diga-se de passagem, são quase sete anos de gestão e mesmo assim o prefeito insiste em olhar pro retrovisor jogando culpa em gestões passadas.
 
Há de se respeitar muito o empresário Francis Maris Cruz, que é o melhor do segmento na Região. Mas em nenhum momento a gente viu ele usar do seu know how empresarial para correr o trecho e trazer novas indústrias para a cidade. Ele ganharia muito mais com isso, mas preferiu não fazer.
 
Para finalizar, ao usar a frase “quanto pior melhor”, imortalizada pela presidenta Dilma Rousseff, o prefeito sugere e bota em xeque a credibilidade do Jornal Oeste.

Oras, que empresa de comunicação arriscaria promover uma enquete em que o resultado botasse em xeque o trabalho do jornal? Sim, a enquete poderia ser um tiro no pé do Jornal Oeste e poderia colocar no lixo  todo o trabalho de décadas da empresa em que se coloca à disposição do cidadão da Região Oeste para fazer valer sua voz. Mas estamos em sintonia com nosso leitor e com a população; ela só surgiu depois que centenas de pedidos foram feitos pelos leitores do Jornal Oeste que queriam desmentir o prefeito que foi a TV Centro América dizer que a maioria aprovava a gestão.

E por isso mesmo que o resultado está aí. Cabe ao prefeito, a vice e secretários responderem com muito trabalho esse sentimento de abandono exposto na enquete.

Prefeito, Jornalismo é feito com Coragem. Toda a equipe do Jornal Oeste reafirma aqui seu compromisso com este adjetivo tão raro no Jornalismo de hoje.

E você leitor, não pare de nos enviar denúncias de descaso e abandono.

Cada profissional que está a frente do site está imbuído de ouvir todas as partes e relatar cada problema que se tem na cidade e região.

Desculpa Francis, se não somos a voz que vai assoprar flores no seu ouvido. Quando o senhor finalmente entender que o político deve sim lutar pelos que precisam mais, aí sim assopraremos um jardim todo nos seus ouvidos.
 
A Carta aberta

'Carta aberta do prefeito Francis Maris Cruz aos cacerenses

Nos últimos dias, tenho sido alvo de ataques veementes de um site da cidade que se apresenta como órgão de imprensa, mas que tem agido como veículo semeador de ódio e inveja, muito longe dos verdadeiros objetivos de um jornalismo de verdade. São acusações infundadas, infames, mentirosas, caluniosas e difamatórias que partem de uma pessoa de crédito duvidoso e que aposta no ‘quanto pior melhor’. 
O cidadão e a cidadã cacerense sabem a diferença que a nossa administração fez e continua fazendo para o município de Cáceres. Assumi uma cidade que não tinha remédios nos postos de saúde. O mau atendimento por falta de médicos era famoso até em noticiários de outros estados. Não havia trator, caminhão nem máquinas. Muitos funcionários não podiam trabalhar porque não havia computador. Não havia controle de nada, era uma bagunça, com funcionários fantasmas e roubos do bem público, como combustíveis e medicamentos. A Prefeitura era uma casa onde todo mundo mandava, mas ninguém decidia nada. O cidadão ficava sem respostas para muitos problemas. A conexão que os funcionários tinham era alguém que transportava documentos numa bicicleta, porque internet era apenas um sonho. A cidade parecia um queijo suíço, de tanto buraco. As estradas rurais eram um verdadeiro caos.
Eu fiz o que tinha de ser feito, dentro das possibilidades, mas se dependesse dos cofres que me deixaram, a única coisa a ser feita seria fechar as portas. Então, como a Prefeitura não tinha recursos, comprei mais de 100 mil reais de medicamentos com dinheiro do meu próprio bolso para resolver momentaneamente o problema de milhares de pessoas. Fiz o mesmo para comprar computadores para o município. 
Ao colocar a Prefeitura nos trilhos, conseguimos trazer de volta a confiança dos credores, iniciamos o pagamento de dívidas imensas, colocamos os salários dos funcionários do município em dia e reascendemos a esperança de dias melhores em Cáceres.
Com o passar dos meses, ajeitamos a casa usando da nossa, credibilidade criada em razão de muito trabalho, para, ao longo desses seis anos de mandato, poder comprar dezenas de carros que estão a serviço do município, como automóveis, caminhões, tratores, ônibus escolares, ambulâncias e até uma usina de asfalto.
Colocamos ordem no serviço público, organizando todas as secretarias e departamentos, iniciamos a recuperação da malha viária, tampando milhares de buracos e construindo centenas de metros de asfalto novo, além do recape que deu vida nova em ruas e avenidas, como na Tancredo Neves, que tinha mais buracos do que asfalto por causa do abandono em que se encontrava. 
Já recuperamos milhares de quilômetros de estradas rurais, fizemos novas pontes e estamos recuperando várias outras. 
As escolas e creches que estão sendo construídas, um Centro Esportivo gigante e um amplo prédio novo para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento – da Saúde) são obras que orgulham não só nosso governo, mas também a população que percebe a diferença numa Administração de obras, serviços e realizações, que são conquistas que há muitos anos não se via em Cáceres.
Com tudo isso, conseguimos devolver ao povo o orgulho de ser cacerense, com um jeito diferente de fazer política, porque temos a franqueza de dizer não quando necessário e a competência de fazer até o impossível para cumprir os compromissos assumidos.
A forma franca como tratamos das coisas públicas podem não agradar a algumas pessoas que não se acostumam com um administrador que não aceita bajuladores e gente acostumada a se sustentar a custas do erário sem trabalhar. Mas, contamos com o apoio dos cidadãos e cidadãs que reconhecem as conquistas da nossa Administração. Contamos também com um braço direito e companheiro de todas as horas, a vice-prefeita Eliene Liberato. Tão importante ainda é a parceria do funcionalismo sério que não mede esforços para que as coisas aconteçam e uma equipe de secretários e coordenadores que trilham no esmero e cuidado com a coisa pública. São pessoas que sabem o valor de tudo já realizado e sabem que mais ainda não foi feito por falta de recursos financeiros. É gente que não se deixa enganar por pesquisas realizadas dentro de grupos frequentados por adversários, onde qualquer pergunta terá a resposta pretendida por quem perguntou e, por isso, não tem nenhuma credibilidade.
Acima dos problemas, temos o apoio de todos os que acreditam na nossa honestidade e que permanecem ao nosso lado nessa empreitada de levar Cáceres adiante, na melhor estrada do futuro, no caminho certo.
Juntos, seguimos rumo ao amanhã dos vencedores, onde o ódio não tem vez, onde a inveja fica apena na margem do caminho, porque, como diz o velho ditado, enquanto os cães ladram, a caravana passa.
Muito obrigado
Francis Maris Cruz
Prefeito de Cáceres-MT'
 

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12 comentários

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  • por CHACRINHA, em 30.04.2019 às 09:45

    ANARQUISTA você falou tudo, Kkkkkk Secretária de Educação olha ao seu redor, dá um basta nesses puxas, pedem pra eles cuidarem das escolas que é o papel deles é ganham por isso.

  • por Tomé, em 29.04.2019 às 23:02

    Honestidade não é virtude do homem público, é obrigação!

  • por Ricardo, em 29.04.2019 às 22:35

    Gonzaga, olha pra lente da verdade e conta pra gente do que a equipe do Jornal Oeste tem mais inveja. Das ruas cheias de buraco? Das multas do TCE em secretários e no Prefeito? Das ações de improbidade? Da vacina perdida porque desligaram a geladeira? Da fonte de 500 mil? Da usina de asfalto? Dos enormes caminhões (essa inveja pode revelar uma fixação fálica)? Da melhor educação municipal do Estado? Da ZPE? Da candidatura a Senador? Ou do patrimônio avantajado do Prefeito? Dessa última, estão perdoados, tá. Vocês podem ter, mas quem não tem?

  • por Demóstenes Ancião, em 29.04.2019 às 21:03

    Pequeno trecho do poema Liberdade, de Paul Eluard. Vamos reverenciar o direito de criticar, de sermos livres para formarmos nossas próprias opiniões e de expressá-las, mesmo quando desagrada os ocupantes do poder: Na ausência sem mais desejos/ Na solidão despojada/ E nas escadas da morte/ Escrevo teu nome/. Na saúde recobrada/. No perigo dissipado/. Na esperança sem memórias/. Escrevo teu nome/. E ao poder de uma palavra/. Recomeço minha vida/. Nasci pra te conhecer/. E te chamar/. Liberdade ( Gonzaga, se puder, publique a versão integral como notícia! Vamos trazer um pouco de beleza aos leitores em época tão sombria: www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond23.htm)

  • por Demóstenes Ancião, em 29.04.2019 às 20:56

    Campanha de ódio? Prefeito, numa das suas viagens, aproveite e pegue um livro sobre Carlos Lacerda. Leia. Verá o que são ataques veementes. Se não tiver tempo, entre no YouTube e pesquise a briga do jornal O Estado de São Paulo e o então Governador Orestes Quércia. Verá o que são ataques veementes. Como o senhor adora culpar o PT por tudo, ataques veementes também poderiam ser as contínuas reportagens de Veja contra o Governo petista.As reportagens do Jornal Oeste? Se crê ser campanha de ódio, repense sua candidatura ao Senado. Estará exposto a veículos de imprensa de Cuiabá, até de programas de televisão, e nacionais. Terá o desprazer de receber críticas muito mais contundentes dos eleitores do restante do Estado e de jornais muito, mas muito mais críticos. De pensar que um dia vi Ruth Escobar declamando o poema Liberdade de Paul Eluard em plena ditadura...

  • por Demóstenes Ancião, em 29.04.2019 às 20:54

    Que tempos sombrios o Brasil vive. Parece que rapidamente nos esquecemos do valor da liberdade. Liberdade de pensar. Liberdade de expressar opiniões. Até o presidente Bolsonaro, que recebe críticas cotidianas da imprensa, registrou que ela é imprescindível à democracia. Talvez o Prefeito desconheça, mas ele tem um ex empregado que tem um site onde sempre são noticiados os eventos da Prefeitura, com viés sempre elogioso. Assim como lá se elogia, aqui há de ser assegurada a liberdade de se criticar. Dois jornais para elogiar? Uma Câmara que não tem oposição? O que mais o Prefeito gostaria? Político que foi expulso do partido prestando solidariedade á antiga mao que o decepou? Certamente, no dia a dia no gabinete, os assessores o cobrem de elogios constantemente. Poderia até haver 80% da população o apoiando. Mas e o direito dos 20% de se manifestarem contrariamente à gestão?

  • por Heródoto, em 29.04.2019 às 19:56

    Tem uma história na política muito boa. Dizem Que Juscelino foi falar na UNE e foi intensamente vaiado pela plateia desde a entrada durante 4 minutos. Quando pararam, Juscelino pegou o microfone e disse: "Feliz da nação em que seus estudantes podem vaiar o presidente sem que nada lhes aconteça." Do comportamento dos líderes diante das críticas, podemos facilmente distinguir os grandes dos minúsculos, os humildes dos narcisista, e os estadistas dos oportunistas.

  • por Lúcio Wittgenstein, em 29.04.2019 às 17:11

    Não entendi: o prefeito está chamando de ataques veeementes os feitos da própria gestão? O jornal publicou aqui o que a prefeitura faz. E isso é atacar? Então os feitos da gestão são ruins? Que confusão! Agora essa vai se juntar ao dilema deTostines na minha cabeça. Explica aí pra gente, Gonzaga. Acho que faltei às aulas de lógica.

  • por Plinio, em 29.04.2019 às 17:04

    Qual veículo o Prefeito se referiu? Porque aqui até agora não vi nenhum ataque, muito menos disseminação de ódio. Como em qualquer democracia que faça valer o nome, há comentários críticos a aspectos da gestão, de cidadãos-eleitores. Democracia não é exercida apenas na hora do voto. É exercício diário. Se o cidadão mora numa rua de terra, não pode mais mostrar seu descontentamento por ter que pagar pelo asfalto? Ainda mais quando se verifica algumas prioridades muito questionáveis da gestão, como uma fonte na praça recém reformada. Na história, todos os melhores gestores também foram criticados, e nem por isso se diziam vítimas de campanha de ódio. Só existe um tipo de governo onde o gestor não recebe críticas publicamente: ditadura.

  • por Anarquista, em 29.04.2019 às 15:44

    Meu voto seria para o proscratinador da educação Arcy Rezende.

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