Jornal Oeste

De Brasília - Marcos Coutinho Os grupos políticos da senadora Serys Slhessarenko e do deputado federal Carlos Abicalil, ambos do PT, vivem hoje uma briga quase fratricida por espaço e, nos bastidores, o clima é de muita tensão até entre os assessores de ambos os parlamentares. Lideranças ligadas à senadora temem que o grupo de Carlos Abicalil, que hoje comanda o diertório regional do PT, "puxem o tapete" de Serys no sentido de impedi-la a disputar a reeleição. A parlamentar petista já disse que não abre mão da dsputa e, em tese, seria a candidata natural do PT a uma das vagas para o Senado que estarão em jogo em 2010. Publicamente, ambos os líderes trocam "tapinhas e sorrisos cordiais", mas se alguém bobear pode ter uma faca cravada nas costas. Uma nova crise foi gerada após as declarações do secretário de Educação, Saguas Moraes, ter anunciado a pretensão de Abicalil em disputar uma vaga de senador no pleito do próximo ano. Partidários de Serys lamentaram as declarações de Saguas e destacam que a senadora vem cumprindo exemplarmente sua atuação como parlamentar federal e questionam o "papel de porta-voz" do secretário de Educação. Segundo Saguas, "é inquestionável a contribuição que a senadora Serys já deu para a política, mas novas lideranças estão surgindo e dentro das disputas os espaços vão se afunilando, daí a importância de ela abrir essa possibilidade de uma vaga ao deputado Abicalil, que é uma liderança que vem se destacando". Para Saguas Moraes, a senadora Serys já contribuiu muito para Mato Grosso e tem muito a retribuir, mas obviamente o PT tem que abrir espaços para que novas lideranças sigam adiante também em outros mandatos. Em verdade, Serys sabe que pode ser lideralmente "fritada" e começa a se articular para se garantir como candidata ao Senado com apoio do Palácio do Planalto.