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04/04/2019 - 13:29 | Atualizado em 04/04/2019 - 13:53

Unemat desmente “supersalários”

Por UNEMAT

Nenhum professor da Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado (Unemat) recebe salários de 80 mil reais, como sugeriu notícia publicada por um site de notícias cuiabano, por coincidência, no Dia da Mentira, 1º de abril. Veja a tabela salarial abaixo, onde as letras se referem à Classe “A”, que significa Professor Auxiliar (graduado/especialista); “B”, Professor Assistente (mestre); “C”, Professor Adjunto (doutor); “D”, professor associado; e “E” significa professor pleno. Na mesma tabela, os números que se referem aos níveis significam três anos de exercício. Por exemplo, um professor C/10 é um doutor e possui pelo menos 27 anos de trabalho. A Unemat possui atualmente apenas oito professores C/10, e a Instituição não possui professores nas Classes D e E.


 
Obs: Tabelas salariais atualizadas (subsídios) vigentes em 2019.



Obs: Tabelas salariais atualizadas (subsídios) vigentes em 2019.



Obs: Tabelas salariais atualizadas (subsídios) vigentes em 2019.

A Instituição assegura que os mais de 30 mil alunos graduados e pós-graduados pela Unemat, em sua maioria mato-grossenses, têm a dimensão do como a Unemat, que prioriza a formação de qualidade em ensino, pesquisa e extensão, transformou a vida deles. Ter em seus quadros profissionais altamente qualificados, dispostos a trabalhar em Dedicação Exclusiva à Unemat e aos seus alunos, garante à universidade as condições necessárias para ofertar a comunidade acadêmica, em primeira instância, e a comunidade externa, em um segundo momento, todas as ações com a qualidade própria das Instituições de Ensino Superior públicas.

A “tendenciosa” notícia trouxe “salários brutos”, nos quais foram acrescidos outros direitos: no caso do professor João Ferreira Filho, progressão vertical com efeito retroativo de 2015, conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) em 22 de novembro de 2018.

No caso do professor Marco Antonio Pagel, além do adicional de férias, houve um erro de lançamento no Sistema Estadual de Administração de Pessoas (Seap). O valor foi concedido e estornado já na mesma folha; portanto, o professor nunca sequer recebeu o valor, conforme afirmado.

Já no caso da professora Elizeth Gonzaga dos Santos Lima, trata-se de abono de contribuição previdenciária, neste caso Abono de Permanência, um incentivo criado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, pago pelo Estado para o servidor que já preencheu todos os requisitos para se aposentar, mas opta por permanecer na ativa.

Os salários brutos mensais dos professores citados variam de R$ 5.444,68 a R$21.438,98, conforme tempo de serviço e titulação, como se pode observar no portal de transparência.

A Unemat esclarece que o Estado de Mato Grosso conta com uma Universidade pública, gratuita e de qualidade, que realiza ensino, pesquisa, extensão e gestão para sua gente. Responsável há 40 anos pela formação intelectual do povo mato-grossense, promove desenvolvimento ao Estado por meio de professores e técnicos qualificados e de ex-alunos, que tiveram suas vidas e de suas famílias transformadas em todas as regiões de Mato Grosso. A Unemat tem orgulho em informar que seu quadro de professores efetivos conta com 55,2% de profissionais doutores e reforça que o status de universidade exige da Instituição de Ensino Superior percentuais de doutores e mestres.

A Unemat remunera seus profissionais de forma justa e condizente com suas carreiras. Na Unemat os professores são reconhecidos e valorizados como deveriam ser em todas as instituições de ensino do Brasil. Os salários de seus profissionais estão disponíveis no Portal da Transparência para ciência de toda a sociedade, e os “supersalários” apontados pela notícia já citada são apenas uma maneira forçada de depreciar a Instituição e, consequentemente, o serviço público no País, do qual a maior parcela da sociedade se utiliza.

Comentários

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9 comentários

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  • por Tibúrcio junco pantaneiro, em 07.04.2019 às 22:57

    Se ganham muito bem é porque passaram anos e anos estudando, parabéns aos professores da Unemat.

  • por Prof. Marquinhos, em 05.04.2019 às 09:16

    É simples resolver o problema: Cortar a D.E. (Dedicação Exclusiva) porque só 6 (meia) dúzia trabalha e "sabe trabalhar" com Ensino, Pesquisa e Extensão, e literalmente o Magnífico Reitor "tirar" a mamata de docentes que estão na gestão e fortalecer o quadro de Func. Administrativos. Concurso de professor é na SALA DE AULA e Concurso para o corpo adm. é na GESTÃO. Uma vergonha um monte de docentes querendo ser funcionário administrativo. CORAGEM GESTÃO, CORAGEMMMMM GESTAÃOAOOO.

  • por Mário Figueiredo, em 04.04.2019 às 21:16

    Uma CPI já passou da hora há muito tempo nessa UNEMAT, esperar o que? com esse corpo discente frouxo, omisso e conivente!!

  • por Aluno, em 04.04.2019 às 21:05

    Desafio aceito, pesquisador. De acordo com a avaliação quadrienal da Capes, os mestrados de educação, ensino de matemática, geografia e letras da Unemat tiveram nota 3. Os demais mestrados, nota 4. A nota máxima atingida pelas universidades brasileiras na avaliação é 7. Agora, o resto da pesquisa não sei fazer.

  • por Arruda Câmara, em 04.04.2019 às 18:11

    Rosangela e o "pesquisador" devem ser os paga-pau que querem aumentar suas carga horária no grupo Atenas, pois devem atuar como "professores" apenas para aumentar o orçamento familiar. O patrão bolsonarista agradece!

  • por Rosangela, em 04.04.2019 às 16:45

    O pessoal da Unemat, única universidade pública estadual de MT, quer se medir por uma faculdade particular de Caceres? Comemora porque tem mais doutores do que a Fapan? Nem sabia que a Fapan já tinha se transformado em Universidade. vai entender... isso deve explicar muita coisa.

  • por Pesquisador, em 04.04.2019 às 16:39

    Sibele, ótima ideia. vamos fazer uma avaliação da Unemat também, agora que sabemos que os professores daqui são mais valorizados que os da USP, Unicamp, Unesp, UFRJ, UERJ e ver: 1) quantas citações em revistas importantes os professores da unemat recebem? 2) qual é a posição da unemat no ranking de qualidade das universidades brasileiras 3) quantos projetos de pesquisa os professores com dedicação exclusiva orientam 4) se todos os professores com dedicação exclusiva moram realmente na cidade do campus onde devem desempenhar suas atividades 5) qual retorno social a Unemat dá em Caceres 6) com inúmeras faculdades de licenciatura, qual a qualidade dos professores que a Unemat forma em Caceres. essas comparações são ótimas para entender o país, a cidade e a mentalidade na nossa elite intelectual de servidores públicos.

  • por imazapir, em 04.04.2019 às 16:35

    Bem ditos, salários brutos. Não esqueçam que os 27,5% de IR é retido na fonte e ninguém mais vê e nem sabe pra onde vai. Juntados com a contribuição à previdência quase chega a 40% do rendimento bruto. Tirem suas conclusões.

  • por Sibele Castrilon, em 04.04.2019 às 15:28

    Querido Gonzaga, agora vamos pegar o Plano de Carreira Docente da FAPAN que está em curso e vamos apresentar para a comunidade! Analisar a questão da valorização do profissional da educação. Ver quantos mestres e doutores trabalham na FAPAN. Ver quantos projetos de extensão e pesquisa são desenvolvidos! Quantos alunos entram por turma! Quanto de isenção fiscal a FAPAN detém com o PROUNI, quanto de recurso entra com o FIES. Essas comparações são ótimas para entender o país e a economia local.

 
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